quarta-feira, 16 de julho de 2014


Elevação espiritual





 A elevação espiritual não se nos incorpora à vida:  
nem pela prosperidade;  
nem pela carência  nem pelo renome;  
nem pela obscuridade  
nem pela cultura intelectual  
nem pela insipiência  
nem pela autoridade humana;  
nem pela condição de subalternidade;   
nem pelo ajustamento à vida considerada normal;  
nem pelos conflitos psicológicos que se carregue;  
nem pelos amigos;  
nem pelos adversários  
nem pelo apoio do elogio;  
nem pelo desapreço da injúria.  
A elevação íntima depende unicamente de nossa reação pessoal ao aceitar e usar para o bem tudo isso.  



Livro: Mãos marcadas . Autor: Albino Teixeira. Mensagem psicografada por Chico Xavier.

segunda-feira, 14 de julho de 2014

Imagens





Assunto já esmerilhado por muitos pensadores: a força das imagens. 
Entretanto, é justo simplificá-lo para nosso próprio benefício. 
É sabido que o pensamento é vida. 
E, sendo vida, é corrente de energias criadoras, gerando formas e realizações. 
Em razão disso, estamos quase sempre influenciados ou dominados por aquilo que nós mesmos pensamos. 
Habitualmente, na Terra, vemos um companheiro despendendo fortunas em determinados empreendimentos e, às vezes, julgamo-lo muito rico e sovina, em se tratando de beneficência. Verificada a realidade, em muitos episódios, ele não passa de um homem corajoso e interessado em criar emprego para os outros, empenhado em erguer vasta colmeia de trabalho, em auxílio aos semelhantes, à base de financiamentos e empréstimos que lhe custam enormes sacrifícios. Notamos um rapaz bem-posto, passando à porta, de braços com uma menina simpática, em certos horários, repetidos em horas certas. E, com freqüência, imaginando-os unidos, à procura de recanto indicado ao prazer dos sentidos. 
Chegando, porém, à verdade, informamo-nos que são eles uma jovem abnegada, conduzindo o irmão quase cego pelo tratamento. Isso, no mundo, é o que geralmente ocorre. 
Na maioria das ocasiões, pensamos que os outros pensam de nós aquilo que pensamos deles. 
Eis porque só a idéia do bem a sustentar-nos o espírito é capaz de renovar-nos por dentro, auxiliando-nos a evitar julgamentos preconcebidos, susceptíveis de atirar-nos em frustração e arrependimento, quando venham a surgir as horas da realidade, no relógio do tempo. 
À vista do que expomos, tenhamos a coragem precisa de instalar a supremacia do bem no campo de nossas tendências e opiniões, porquanto, unicamente pelo trabalho do bem, atingiremos a paz de quem se vê constantemente desejando a felicidade, sem mentalizar o mal para ninguém



Livro: Hoje. Autor: Emmanuel. Psicografado por Chico Xavier.

segunda-feira, 23 de junho de 2014


Das nascentes do coração






"Finalmente, sede todos de igual ânimo, compadecidos, 
fraternalmente amigos, misericordiosos, humildes.” – PEDRO. (I Pedro, 3:8.)


De todos os tesouros que a Divina Providência te confiou, um deles é a piedade que podes libertar como um rio de bênçãos das nascentes do coração.

Pensa nas lágrimas que já te passaram pela existência e nunca derrames fel na trilha dos semelhantes. Para isso é necessário raciocines e te enterneças, entre a luz da compreensão e o apoio da caridade.

Compadecemos-nos facilmente dos irmãos tombados em necessidades materiais, cujos padecimentos nos sacodem as fibras mais íntimas, mas é preciso igualmente nos condoamos daqueles outros que se sentam diante da mesa farta arrasados de angústias, à face das provações que lhes desabam na vida.

Bastas vezes, perdemos lições e oportunidades preciosas para a aquisição de valores da Espiritualidade Maior, tão-somente por fixar a observação na face de situações e pessoas.

O entendimento fraternal, no entanto, é clarão da alma penetrando vida e sentimento em suas mais ignotas profundezas.

A vista disso, seja a quem for, abençoa e auxilia sempre.

Diante de quaisquer desequilíbrio ou entraves que te venham a surpreender na estrada terrestre, molha a tuia palavra no bálsamo da compaixão, a fim de que te desincumbas dignamente do bem que te cabe cumprir.

Procedamos assim, onde estivermos, na certeza de que, em nos referindo à maioria de nós outros – os espíritos endividados da Terra -, todas as vantagens que estejamos desfrutando, à frente do próximo, não chegam até nós em função de merecimento que absolutamente não possuímos ainda, mas simplesmente em razão da misericórdia de Deus.




Livro: Ceifa de Luz. Pelo Espírito Emmanuel. Psicografado por Chico Xavier.

terça-feira, 17 de junho de 2014

Não se aborrecer



 Ó  Deus!
Ensina-me a não perder a calma. Diante das provações, das questões e problemas, oferece-me o Teu apoio para que eu não venha a me desequilibrar, nem a perder as oportunidades de treino e elevação que me oferecem.
Compreendo, Deus, que, ao me aborrecer, consumo energias que me podem ser úteis em certas coisas. Pior ainda, se adquiro o hábito da impaciência, uma contrariedade, ainda que pequena, será suficiente para me quebrar a calma e o ânimo. Desse hábito quero estar livre. Desejo sentir-me consciente e forte na hora de me manifestar.
Necessito ter domínio, sobre mim, pôr em prática o que sei. Para conseguir isso, busco a Ti, ao Teu infinito poder e supremo amor. Se eu me dominar, mais fácil será amar e servir, o que me proporcionará uma vida bela e feliz.
Obrigado, Deus, muito obrigado!
Assim seja!



Do livro: Fala com Deus
Autor: Lourival Lopes



segunda-feira, 16 de junho de 2014

A história do livro

            





O mundo vivia em grandes perturbações.

As criaturas andavam empenhadas em conflitos constantes, assemelhando-se aos animais ferozes, quando em luta violenta.

Os ensinamentos dos homens bons, prudentes e sábios eram rapidamente esquecidos, porque, depois da morte deles, ninguém mais lhes lembrava a palavra orientadora e conselheira.

A Ciência começava com o esforço de algumas pessoas dedicadas à inteligência; entretanto, rapidamente desaparecia porque lhe faltava continuidade. Era impraticável o prosseguimento das pesquisas louváveis, sem a presença dos iniciadores.

Por isso, o povo, como que sem luz, recaia sempre nos grandes erros, dominado pela ignorância e pela miséria.

Foi então que o Senhor, compadecendo-se dos homens, lhes enviou um tesouro de inapreciável importância, com o qual se dirigissem para o verdadeiro progresso.

Esse tesouro é o livro.

Com ele, apareceu a escola, com a escola, a educação foi consolidada na Terra e, com a educação, o povo começou a livrar-se do mal, conscientemente.

Muitos homens de cérebro transviado escrevem maus livros, inclinando a alma do mundo ao desespero e à ironia, ao desânimo e à crueldade, mas, as páginas dessa natureza são apressadamente esquecidas, porque o livro é realmente uma dádiva de Deus à Humanidade para que os grandes instrutores possam clarear o nosso caminho, conversando conosco, acima dos séculos e das civilizações.

É pelo livro que recebemos o ensinamento e a orientação, o reajuste mental e a renovação interior.

Dificilmente poderíamos conquistar a felicidade sem a boa leitura. O próprio Jesus, a fim de permanecer conosco, legou-nos o Evangelho de Amor, que é, sem dúvida, o Livro Divino em cujas lições podemos encontrar a libertação de todo o mal.




Psicografia de  Francisco Cândido Xavier. Da obra: Pai Nosso. Autora: Meimei
    

Elizabete Lacerda - Tum Tum Tum

Música espiritualista preferida da minha filhinha Lilian

http://youtu.be/8sJj-fJjHKE

sábado, 14 de junho de 2014

Os males humanos e a sua origem



Com o advento do Espiritismo, a dúvida a respeito da origem dos males que nos afligem no mundo não mais tem razão de ser. A lei de causa e efeito, popularizada pelas obras espíritas, veio mostrar-nos que existe um motivo, uma razão para tudo quanto nos ocorre, tanto para o bem quanto para o mal.
É claro que em muitas situações não conseguimos perceber qual é exatamente a causa ou em que momento ela se formou.
Se o indivíduo se torna alcoólatra e adquire uma enfermidade diretamente relacionada com o alcoolismo, ele poderá entender perfeitamente qual é a origem de sua doença, ainda que não a aceite.
Se fuma por um longo período e contrai um câncer de pulmão, poderá, sem dificuldade, compreender a origem de sua enfermidade, o que não significa que a aceitará de bom grado.
Os dois exemplos podem ser estendidos a inúmeras situações de nossa existência, havendo, no entanto, ocorrências cuja relação entre causa e efeito não conseguimos apreender.
Em um de seus livros mais conhecidos – O Evangelho segundo o Espiritismo – Kardec alude às causas de nossas aflições, situando-as umas em fatos ocorridos na presente existência e outras em fatos verificados em existências passadas.
Quando vem ao mundo uma criança com retardo mental, não é difícil entender que tal dificuldade não tem origem nos atos da existência atual e deve, portanto, ter relação com fatos do seu passado. Contudo, se uma pessoa se casa com outra motivada tão somente por interesses econômicos, não poderá atribuir ao passado, caso seja infeliz no casamento, a origem de suas vicissitudes, porque estão elas ligadas diretamente à sua cobiça.
Nada é, portanto, segundo aprendemos com o Espiritismo, fruto do acaso, mas consequência de algo que ocorreu, seja na existência presente, seja em existências anteriores.
A origem dos males humanos foi examinada por São Vicente de Paulo (Espírito) em uma interessante comunicação constante do cap. XIII d´O Evangelho segundo o Espiritismo.
Falando sobre a importância do bem e da caridade, Vicente de Paulo escreveu: “Sede bons e caridosos: essa a chave dos céus, chave que tendes em vossas mãos. Toda a eterna felicidade se contém neste preceito: ‘Amai-vos uns aos outros’. Não pode a alma elevar-se às altas regiões espirituais, senão pelo devotamento ao próximo; somente nos arroubos da caridade encontra ela ventura e consolação. Sede bons, amparai os vossos irmãos, deixai de lado a horrenda chaga do egoísmo. Cumprido esse dever, abrir-se-vos-á o caminho da felicidade eterna”. (O Evangelho segundo o Espiritismo , cap. XIII, item 12.)
Dito isso, ele acrescentou: “Não vos disse Jesus tudo o que concerne às virtudes da caridade e do amor? Por que desprezar os seus ensinamentos divinos? Por que fechar o ouvido às suas divinas palavras, o coração a todos os seus bondosos preceitos? Quisera eu que dispensassem mais interesse, mais fé às leituras evangélicas. Desprezam, porém, esse livro, consideram-no repositório de palavras ocas, uma carta fechada; deixam no esquecimento esse código admirável”. (Idem, ibidem.)
E, arrematando seu ensinamento, afirmou, com a autoridade de quem sabe o que diz: “Vossos males provêm todos do abandono voluntário a que votais esse resumo das leis divinas”.  (Idem, ibidem.)
O eminente benfeitor espiritual, conhecido e respeitado pelo trabalho extraordinário que realizou quando esteve entre nós, tem inteira razão.
Se o homem jamais se desviasse dos preceitos ensinados por Jesus, com certeza se forraria a inúmeros dissabores, estaria bem próximo de atingir a meta para a qual fomos criados e, evidentemente, seria muito feliz.


Editorial da revista O Consolador(junho/14)

sexta-feira, 13 de junho de 2014

Tópicos da meditação






Através de nossas meditações e de nossas preces, os benfeitores da Vida Maior estão orientando os nossos passos, com referência ao futuro. 
Confiemos no amparo de Jesus, hoje e sempre. 

II 

Quanto mais se nos estenda o esforço da prática no bem, puro e simples, com a abolição de todas as preocupações desnecessárias, mais se nos ampliarão as possibilidades para a assimilação das Bênçãos do Alto.
Auxiliemo-nos, a nós mesmos, situando a mente na paz interior. Isso é importante não apenas para o nosso campo mental, mas também para a nossa saúde física, nos mais íntimos fundamentos.



Livro: Apelos cristãos. Autor: Bezerra de Menezes. Psicografado por Chico Xavier.

quarta-feira, 11 de junho de 2014


A omissão dos bons





Várias questões de O Livro dos Espíritos figuram entre as minhas preferidas. A 932 é uma delas.
"932. Por que, no mundo, tão amiúde a influência dos maus sobrepuja a dos bons?”
“Por fraqueza destes. Os maus são intrigantes e audaciosos, os bons são tímidos. Quando estes o quiserem, preponderarão.”
Conheço gente que pensa serem o bem e o mal duas forças antagônicas e de igual poder que vivem em eterna luta. É a visão maniqueísta, sobre a qual já falei neste livro.
É equivocado achar que o bem e o mal têm igual potência. O mal é somente a ausência do bem. Só isso. Quando o bem chega, o mal bate em retirada. É como a escuridão. Ao acendermos uma luz, um fósforo que seja, a escuridão perde a força. Se a rua está às escuras e acendemos a luz do quarto, não é a escuridão que entra pela janela, é a luz que sai por ela.
Para quem acha que estou sendo um tanto piegas, vamos a exemplos com mais sustança, como dizem os antigos.
O livro Libertação, do Espírito André Luiz, psicografia de Chico Xavier, mostra um vasto local de baixíssima vibração espiritual comandado por uma entidade astuta, mas profundamente infeliz, pois se mostra enredada em planos de ódio e vingança. Para pô-los em prática, comanda vários Espíritos igualmente infelizes, que cumprem suas ordens, atuando sobre o psiquismo de várias criaturas encarnadas. A equipe da qual André Luiz faz parte inicia, então, com amor, coragem e paciência, um plano que, aos poucos, vai conduzindo aquelas almas à redenção de si mesmas pelo trabalho de reerguimento moral. Ao final do livro, a mãe do, digamos, chefe do bando aparece, esplendorosa, nimbada de luz para buscar o filho, que não a via há muito tempo, visto que, tão logo desencarnou, deixou-se levar por sentimentos inferiores. Ele, então, emocionado ante a presença da mãe, deixa cair toda a máscara de crueldade, revela-se frágil, carente, a mãe o leva embora e a luz do bem se faz presente, inundando o lugar de paz. O bem não foi tímido, foi audacioso, trabalhou de forma diligente e o mal se dissipou.
Outro ótimo exemplo está no livro Sexo e Obsessão, de Manoel Philomeno de Miranda, psicografia de Divaldo P. Franco. No livro, o Marquês de Sade (Sim, ele mesmo!), Espírito altamente vinculado ao sexo vicioso – tanto que a palavra sadismo deriva do nome dele – mesmo séculos depois de sua morte, é também surpreendido, no plano espiritual, pela presença da mãe. E com o concurso dos amigos espirituais (Sim, eles mesmos!), é iniciado um processo de redenção daquela alma, pois o bem sempre vence.
Assim também deve ser conosco. Somos de fato muito tímidos quando nos defrontamos com o mal. E não estou falando do mal enorme, simbolizado por um vampiro, uma assombração ou coisa que o valha. Tampouco estou falando do bem em grandes proporções. Aliás, precisamos parar de achar que bem e mal são coisas de grandes escalas. Também o são, mas ambos estão presentes nas pequenas ações do dia a dia.
É curioso esse dado do ser humano. Achar que para fazer o bem é necessária grande soma em dinheiro, feitos grandiosos etc. Conheço gente que diz ter o sonho de construir um hospital se ganhasse na loteria. De fato é um sonho louvável, mas, enquanto isso, os bancos de sangue vivem vazios, suplicando por doadores, e quase ninguém aparece para doar sangue. Por essa razão, o mal, representado por doentes necessitados e baixos estoques de sangue, prospera. E prospera por quê? Por fraqueza dos bons, traduzida em preguiça, falta de interesse, medo da agulha... 
Em 2005, estava em Brasília, quando tive a oportunidade de assistir ao seminárioDiretrizes para uma vida feliz, ministrado pelo médium e tribuno baiano Divaldo Pereira Franco. Foi um seminário de dois dias (sábado e domingo à tarde). No domingo de manhã, foi promovido um bate-papo de Divaldo com dirigentes dos centros espíritas da região, do qual também participei.
Uma das perguntas feitas a Divaldo versou justamente sobre se devemos ou não chamar atenção de algum companheiro do centro espírita que está fazendo algo errado. Divaldo disse que sim. Se a pessoa está errada, deve ser chamada a atenção, lógico que com respeito e carinho, mas precisa ser advertida, a fim de não continuar cometendo o mesmo erro. - E se ela ficar chateada? Perguntou alguém. Resposta de Divaldo:- Se ela ficar chateada é problema dela. O que não podemos é deixar o mal triunfar por receio nosso.
Ele, então, aproveita a deixa e conta que, certa vez, depois de uma série de palestras, estava na fila do check in do aeroporto, a fim de voltar para Salvador, onde mora. Veio, então, um sujeito e furou a fila, postando-se à frente de Divaldo que, então, disse: - O senhor furou a fila. O homem retrucou: - Ah, mas eu estou com pressa. Divaldo rebateu:- As outras pessoas também. Foi por isso que elas chegaram antes do senhor. Qual é o seu destino? O homem respondeu: - Salvador. Divaldo finalizou: - O meu também. Por favor, para o fim da fila.
O homem, então, não teve alternativa a não ser procurar o fim da fila e lá esperar a sua vez.
Finalizando, Divaldo disse uma frase que nunca mais irei esquecer e que levo comigo até hoje, a fim de fazer valer meus direitos e não ser omisso diante do mal: - Não confundam falta de energia com bondade.
Espero de coração que você, que lê estas linhas, tenha essa frase sempre em mente e não deixe prosperar o mal presente nas pequenas coisas do dia a dia.


Marcelo Teixeira

Visão espírita do aborto - entrevista com Dra. Marlene Nobre



http://youtu.be/tfbVgQHbduk