sábado, 26 de fevereiro de 2011

O dragão e a Deusa



Era uma vez um dragão horrível. Tinha uma boca enorme que vomitava fogo, e sua longa cauda verde-esmeralda era dura e reluzente. Morava numa caverna e era louco pela carne tenra e doce das crianças.


Quando chegava a primavera, saía do seu antro tenebroso e atapetado de algas e ia até as praias do Japão, onde crianças de todas as idades brincavam na areia e mergulhavam alegremente nas águas azuis. O monstro ficava de tocaia e assim que uma criança se afastava um pouco da mãe e avançava mar adentro, ele pulava de seu esconderijo e com um uivo gelado a engolia de uma só vez.


Quantas famílias choraram a perda de seus filhos por causa desse monstro cruel!


De seu castelo celeste, lá no alto, Benten, a deusa da felicidade, observa essas cenas com o coração despedaçado. Ela se compadecia das pequenas vítimas e de seus pais, mas também tinha pena do monstro.


- Quem sabe - dizia a si mesma - essa sua crueldade se deva à solidão à qual está condenado.


Evitado e temido por todos, foi obrigado a viver num horrível refúgio submarino, sem ao menos um raio de sol para acariciá-lo. 

Como podia ser bondoso se nunca conhecera a bondade? Sentia-se odiado por todos e odiava a todos. E assim Benten decidiu fazer alguma coisa por aquele ser esquecido pelos deuses e desprezado pelos homens.


Um dia, ela subiu numa nuvenzinha que mais parecia um cisne, e, servindo-se dela como carruagem, atravessou a imensidão do céu e foi até a gruta do dragão. Desceu quase tocando a superfície da água e pôs-se a chamar o monstro com uma voz doce e melodiosa.


Eis que o mar começou agitar como se estivesse em ebulição. As águas se separaram, e o dragão saiu de sua caverna, a qual era sustentada por uma ilha.


A deusa sorriu e aquele sorriso acalmou a água, que novamente ficou toda azul. Uma infinidade de flores coloridas e perfumadas desabrochou na ilha, e Benten deixou-se cair, leve como uma borboleta sobre aquela terra maravilhosa.


O dragão, imóvel e aturdido, observava todas aquelas maravilhas até então desconhecidas. A deusa aproximou-se e, sempre sorrindo, disse-lhe:


- Por que você não se casa comigo ? Assim nunca mais vai ficar sozinho. Vou amá-lo muito e viveremos num paraíso. Teremos lindas crianças e você será muito feliz.


O monstro concordou, balançou a sua enorme cabeça, e duas lágrimas reluzentes caíram de seus olhos.


Daquele dia em diante, as crianças puderam brincar nas praias tranqüilamente, e ninguém mais teve medo dos ataques do monstro.


Lenda japonesa

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Semear...


                        


Quem planta árvores, colhe alimento.Quem semeia flores, colhe perfume. Quem semeia o trigo, colhe o pão.


Quem planta amor, colhe amizade.


Quem semeia alegria, colhe felicidade.
Quem planta a vida, colhe milagres.


Quem semeia a verdade, colhe confiança.


Quem planta fé, colhe a certeza.


Quem semeia carinho, colhe gratidão.


No entanto, há quem prefira, semear tristeza e colher desconsolo,plantar discórdia e colher solidão,semear vento e colher tempestade, plantar ira e colher desafeto, semear descaso e colher um adeus, plantar injustiça e colher abandono.


Somos semeadores conscientes, espalhamos diariamente milhões de sementes ao nosso redor.


Que possamos escolher sempre as melhores, para que, ao recebermos a dádiva da colheita farta, tenhamos apenas motivos para agradecer.


Autoria desconhecida

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

A Indulgência



José – Espírito Protetor – fala-nos dessa nobre virtude (...) “sentimento doce e fraternal que todo homem deve alimentar para com seus irmãos, mas do qual bem poucos fazem uso. A indulgência não vê os defeitos de outrem, ou, se os vê, evita falar deles, divulgá-los.” (1)


É claro que quando se visa a prestar um serviço à coletividade, os próprios Espíritos advertem que os maus atos de outrem devem ser apontados, mas mesmo neste caso, ter o cuidado de os atenuar tanto quanto possível, não se esquecendo de ser caridoso...


Conta-se que um rapaz procurou Sócrates – sábio da Grécia Antiga – e lhe disse que precisava contar algo sobre alguém. Sócrates ergueu os olhos do livro que lia e perguntou:


- O que você vai me contar já passou pelas três peneiras?


– Três peneiras? Indagou o jovem assustado.


Continuando disse Sócrates:

- Sim. A primeira peneira é a VERDADE. O que você quer contar dos outros é um fato? Caso tenha ouvido falar, a coisa deve morrer por aí mesmo.


Suponhamos então, que seja verdade. Deve passar pela segunda peneira: a BONDADE. O que você vai contar é coisa boa? Ajuda a construir ou destruir o caminho, a fama do próximo? Se o que você quer me contar é verdade, é coisa boa, deverá passar ainda pela terceira peneira: a NECESSIDADE. Convém contar? Resolve alguma coisa? Ajuda a comunidade? Pode melhorar o planeta?


E arremata Sócrates:


- Se passar pelas três peneiras, conte. Tanto eu, quanto você e seu irmão iremos nos beneficiar. Caso contrário, esqueça e enterre tudo.


Será uma intriga a menos para envenenar o ambiente e fomentar a discórdia entre irmãos. Devemos ser sempre a estação terminal de qualquer comentário infeliz.


Ainda com relação aos comentários de José – Espírito Protetor – (op. cit.) diz o mesmo: “Sede, pois, severos para convosco, indulgentes para com os outros”.


Há ditos populares que nos advertem quanto aos reproches, como por exemplo: “Nunca digas dessa água não beberei”, “Fulano pagou com a língua”...


A verdade é que ninguém se encontra indene para bater no peito e dizer:


“Isso, eu nunca farei...”


Não conhecemos as nossas fraquezas mais íntimas, Jesus, referindo-se a essa questão, disse a Pedro: (...) “Mas vais aprender, ainda hoje, que o homem do mundo é mais frágil do que perverso.” (2) E tão logo se consumou a prisão de Jesus, Pedro ataca com a espada um dos soldados que veio prender o Mestre, cortando-lhe uma das orelhas... Parece, neste momento, ter esquecido as lições de amor do Mestre Jesus. E mais adiante, nega-o por três vezes, lembrando-se de imediato, após a terceira negação, das palavras sábias de Jesus a dizer-lhe o quanto o homem no mundo é frágil.
Jesus nos deu mostras em diversas passagens do Evangelho da indulgência para com as imperfeições alheias, como no caso da mulher adúltera, dos soldados que o crucificaram, do próprio Judas que o traiu. E nos advertiu da severidade do julgamento do Pai para conosco, na mesma proporção com que julgarmos os outros. (Mateus, 7:1-2).


Óbvio está que a falta de indulgência para com o próximo demonstra o nosso esquecimento dos ensinos de Jesus – prova inequívoca da nossa fraqueza espiritual.
Exorta o Espírito Dufêtre: (3)


“Caros amigos, sede severos convosco, indulgentes para as fraquezas dos outros. É esta uma prática da santa caridade, que bem poucas pessoas observam. Todos vós tendes maus pendores a vencer, defeitos a corrigir, hábitos a modificar; todos tendes um fardo mais ou mesmos pesado a alijar (...)


Por que, então, haveis de mostrar-vos tão clarividentes com relação ao próximo e tão cego com relação a vós mesmos?”


Tanto tempo temos estudado a Doutrina Espírita. É preciso, pois, que nós, os espíritas, adotemos os ensinos morais, como este, aplicando-os, sobretudo dentro das nossas Casas Espíritas. 


Entendendo a individualidade espiritual de cada um, deixando de tentar submeter consciência às “nossas verdades”. Sabendo implementar os conhecimentos doutrinários de acordo com a capacidade de aprendizado de cada um. Acabando com as rusgas, maledicências, comentários infelizes acerca do próximo, que demonstram a nossa falta de indulgência e de evangelho no coração.


Busquemos primeiro, acender a nossa luz interior, para depois começarmos a iluminar as trevas que nos cercam. .





Reformador set99

domingo, 20 de fevereiro de 2011

A Sabedoria e o Bom Senso




O sábio indiano passava com um discípulo às margens do Ganges.

Em dado momento, viu um escorpião que se afogava no rio. 

Pressuroso, estendeu a mão e o retirou das águas.

Previsivelmente, o escorpião picou sua mão. Não obstante a dor, o sábio, cuidadoso e paciente, o depositou em terra firme. Teimoso, o bicho voltou ao rio.

O discípulo, admirado, viu seu mestre novamente, submetendo-se a nova agressão. O escorpião, que parecia orientado por vocação suicida, retomou às águas. Repetiu-se a cena.

A mão do sábio intumescia, dor lancinante.

- Mestre - balbuciou, confuso, o discípulo -, não estou entendendo. Esse escorpião o atacou três vezes e o senhor continua empenhado em socorrê-lo?

Ele sorriu.

- Meu filho, é da natureza dele picar; a minha é salvar!

Grande sábio, não é mesmo, leitor amigo? Se responder que não, concordo plenamente.

Faltou-lhe um componente essencial à sabedoria: o bom senso, a capacidade de avaliar uma situação e fazer o melhor.

Se o exercitasse, simplesmente apanharia um arbusto ou vareta, recolheria o escorpião e o deixaria longe do rio.

Fácil, fácil, sem nenhum problema.

Em 1869, Camille Flammarion (1842-1925), famoso astrônomo francês, fazia o elogio fúnebre de Hippolyte León Denizard Rivail (1804-1869), emérito professor, imortalizado como Allan Kardec, o codificador da Doutrina Espírita.

Destacava que Kardec não fora considerado sábio pelos homens de ciência, já que não colecionara títulos acadêmicos; mas muito mais que o simples saber dos que freqüentam as academias, revelara o atributo fundamental da sabedoria. E o definiu em inesquecível epíteto: "Kardec foi o bom senso encamado.".

Desde tempos imemoriais, os homens colhem experiências envolvendo o sobrenatural. No histórico de qualquer família, infalivelmente, há notícias relacionadas com o assunto.

Em meados do século XIX, na França, estavam em efervescência fenômenos dessa natureza. Envolviam mesas que se movimentavam e até se comunicavam, em insólita telegrafia, com pachorrenta indicação das letras do alfabeto, compondo instigantes diálogos com a madeira.

As pessoas divertiam-se, sem questionar como era possível um móvel, sem nervos e sem cérebro, exercitar o pensamento.

Usando de bom senso, Kardec concebeu, de imediato, que havia uma inteligência desconhecida produzindo os fenômenos.

Imaginou, em princípio, fossem as próprias pessoas a agir, inconscientemente, por artes de desconhecida província cerebral. 

Para comprovar essa tese, preparou perguntas sobre assuntos que só ele conhecia.

A mesa respondeu com propriedade. Certamente, sua própria mente interferia. Formulou questões sobre assuntos que desconhecia.

A mesa, impávida, não vacilou. Respostas absolutamente corretas.

Fosse um parapsicólogo, desses que abominam avançar além dos estreitos limites de suas convicções materialistas, certamente formularia hipóteses mirabolantes, relacionadas com ser onisciente a dormitar nos refolhos da consciência humana. Um deus interior, capaz de responder a qualquer pergunta, ainda que a resposta esteja num livro, enterrado em recôndita província, no Himalaia.

Ocorre que Kardec não era simples "sábio".

Tinha bom senso.

Logo percebeu que por trás daquelas manifestações haviam seres invisíveis, no mais vigoroso movimento jamais desenvolvido pelos poderes espirituais que nos governam, com o objetivo exaltar a imortalidade e eliminar o materialismo.

Descobrindo os Espíritos, os seres pensantes da criação, Kardec empolgou-se com as perspectivas que aquele contato oferecia Mas, extremamente cuidadoso, escreve, em Obras Póstumas: 

"Compreendi, antes de tudo, a gravidade da exploração que ia empreender; percebi, naqueles fenômenos a chave do problema tão obscuro e tão controvertido do passado e do futuro da humanidade, a solução que procurara em toda a minha vida. Era, em suma, toda uma revolução nas idéias e nas crenças; fazia-se mister, portanto, andar com a maior circunspecção e não levianamente; ser positivista e não idealista, para não me deixar iludir".

Isso é bom senso.

Sem ele ficaremos sempre jungidos aos estreitos limites de nossa crença, engessados por princípios dogmáticos, como ocorre com muitos religiosos, que poderiam iluminar seu entendimento se tivessem o bom senso de avançar além das restrições que lhes são impostas.

Muitos se recusam a tocar um livro espírita, como se fora ameaçador escorpião.

Não aprenderam o elementar: escorpiões somos todos nós, dominados por tendências agressivas e viciosas, a nos debatermos nos turbilhões da ignorância.

Salva-nos o livro espírita, quando temos o bom senso de compulsar suas páginas luminosas.


Richard Simonetti
Revista "Visão Espírita", nº 25

sábado, 19 de fevereiro de 2011






Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver

Apesar de todos os desafios,

Incompreensões e períodos de crise.

Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas

E se tornar um autor da própria história.

É atravessar desertos fora de si,

Mas ser capaz de encontrar um oásis

No recôndito da sua alma.



É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.

Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.

É saber falar de si mesmo.

É ter coragem para ouvir um “não”.

É ter segurança para receber uma crítica,

Mesmo que injusta.



Pedras no caminho?

Guardo todas, um dia vou

Construir um castelo ...


Um mal chamado impiedade




Não seremos felizes sem mútua benevolência
Um trecho de O Evangelho Segundo o Espiritismo chama a atenção, entre tantos outros, é óbvio. Transcrevo o final do trecho, que está identificado no final da própria transcrição parcial: “(...) Jesus Cristo é o vencedor do mal, sede os vencedores da impiedade”. – O Espírito da Verdade, Paris 1860 – em O Evang. Seg. o Espiritismo (capítulo VI, item 5), na edição IDE, com tradução de Salvador Gentille.

Ora, segundo o dicionário, impiedade quer dizer crueldade, desumanidade, ausência de misericórdia. E o mais interessante é que o autor do convite dirige-se aos espíritas, especificamente, como se pode apreender do parágrafo em questão.

É que ainda somos um tanto cruéis com os equívocos, tombos, desacertos e dificuldades de nossos irmãos de ideal. Se alguém erra, por qualquer motivo, somos apressados na crítica, no julgamento precipitado e nem consideramos as décadas de acertos ou contingente de esforços daquele irmão que tanto lutou para, agora, num momento difícil, equivocar-se. Basta fazer um retrospecto de memória: quantas vezes deixamos de usar misericórdia diante dos equívocos alheios?

E o mais curioso: muitas vezes somos impiedosos conosco mesmo. Erramos com conhecimento de causa, reconhecemos o erro e entramos num processo de culpa de largas proporções. Ora, tanto num como noutro caso, é preciso o esforço da indulgência, da benevolência, do perdão, para que alcancemos o estágio de equilíbrio diante das situações conflitantes. Isto nos remete a outro trecho da mesma obra acima referida:

“(...) O mal-estar se torna geral. A quem responsabilizar, senão a vós mesmos, que procurais sem cessar destruir-vos uns aos outros? Não podeis ser felizes sem a mútua benevolência. E como a benevolência pode coexistir com o orgulho? O orgulho! Está aí a fonte de todos os vossos males. (...) Por que tendes em tão grande estima o que brilha e encanta os olhos em detrimento do que toca o coração? (...) Quando a consideração que se concede às pessoas é medida pelo peso do ouro que elas possuem , ou pelo nome que trazem, que interesse podem ter estas pessoas em se corrigirem de seus defeitos? (...). O trecho é de Adolfo, Bispo de Alger – Marmande, 1862 – e está em O Evangelho Segundo o Espiritismo (capítulo VII, item 12).

O trecho nos traz a palavra benevolência, que significa: disposição bondosa de promover a felicidade do outro, por generosidade. E apresenta um detalhe extraordinário: Não podeis ser felizes, sem a mútua benevolência! (que destacamos).

Eis o exercício que nos cabe prioritariamente nos dias atuais. Nós que dizemos amar, que lutamos pela expansão do pensamento espírita, estamos esquecidos do dever principal, entre nós mesmos. Por quê? Que direito detemos de julgar, interferir, impor? Que autoridade possuímos? Somos todos aprendizes, novatos e inexperientes.

Estas reflexões surgiram com o trecho colhido na Revista Espírita de março de 1867 (Edicel, tradução de Júlio Abreu Filho). Diz o texto assinado por Um Espírito e intitulado Solidariedade, em transcrição parcial: “(...) O homem não é um ser isolado, é um ser coletivo. O homem é solidário do homem. É em vão que procura o complemento do seu ser, isto é, a felicidade em si mesmo ou no que o rodeia isoladamente; não pode encontrá-lo senão no homem ou na humanidade. Então nada fazeis para ser pessoalmente feliz, tanto que a infelicidade de um membro da humanidade, de uma parte de vós mesmo, poderá vos afligir. (...)” E, mais adiante, essa conclusão notável: “(...) O Espiritismo bem compreendido é para a vida o que o trabalho material é para a vida do corpo. Ocupai-vos dele com este objetivo e ficai certos de que quando tiverdes feito, para o vosso melhoramento moral, a metade do que fazeis para melhorar a vossa existência material, tereis feito a humanidade dar um grande passo”.

Ora, as últimas linhas do trecho transcrito trazem a chave da questão: o aprimoramento moral redunda no respeito ao próximo que, por sua vez, traz a essência dos ensinos dos Evangelhos e elimina a crueldade, a indiferença, a impiedade, enfim, que tantos danos têm causado à tranqüilidade e progresso humanos.


Orson Peter Carrara
Matéria originariamente publicada no jornal O Clarim, edição de fevereiro de 2005.

Crianças e o Futuro



A criança, hoje, - abençoado solo arroteado que aguarda a semente da fertilidade e da vida - necessariamente atendida pela caridade libertadora do Evangelho de Jesus, nas bases em que Allan Kardec o atualizou, é o celeiro fecundo, que se abarrota de esperanças para o futuro.

Criança que se evangeliza - adulto que se levanta no rumo da felicidade porvindoura.

Todo investimento de amor, no campo da educação espírita, tendo em vista a alma em trânsito pela infância corporal, é valiosa semeação de luz que se multiplicará em resultados de mil por um...

Ninguém pode empreender tarefas nobilitantes, tendo as vistas voltadas para a Era Melhor da Humanidade, sem um vigoroso empenho na educação espírita do pequenino da atualidade.

Embora ele seja um espírito em recomeço de tarefas, reeducando-se, não raro, sob os impositivos da dor em processo de carinhosa lapidação, é oportunidade ditosa, que surge como desafio para o momento e promessa de paz para o futuro.

Isto, porque sabemos que a infância é ensejo superior de aprendizagem e fixação, cabendo-nos o mister relevante de proteger, amparar e sobretudo de conduzir as gerações novas no rumo do Cristo.

Esse-cometimento-desafio é-nos grave empresa, por estarmos conscientizados de que o corpo é concessão temporária e a jornada física um corredor por onde se transita, entrando-se pela porta do berço e saindo-se pela do túmulo, na direção da Vida Verdadeira.

A criança, à luz da Psicologia atual, não é mais o "adulto em miniatura", nem a vida orgânica representa mais a realidade única, face às descobertas das modernas ciências da alma.

Ao Espiritismo, que antecipou as conquistas do conhecimento, graças à revelação do Imortais, compete ao superior ministério de preparar o futuro ditoso da Terra, evangelizando a infância e juventude do presente.

Em tal esforço, apliquemos os contributos da mente e do sentimento, evocando o Senhor quando solicitou que deixassem ir a Ele as criancinhas, a fim de nelas plasmar, desde então, mais facilmente e com segurança, o "reino de Deus" que viera instaurar na Terra.


Livro: Compromissos Iluminativos - Psicografia de Divaldo Pereira Franco. Autor: Bezerra de Menezes

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

"Kaguya Hime"- A lenda da princesa Kaguya





Há muito tempo atrás, vivia um pobre lenhador que cortava bambus para vender na cidade.


Certo dia, no meio do bambuzal, ele avistou um bambu que brilhava como o ouro, tão radiante como sol!!! Achando aquilo um mistério, aproximou-se e cortou um pedaço do bambu...


Para seu espanto, no interior havia uma pequena e adorável menina!!! Até então, o velho homem e sua esposa ainda não haviam tido filhos, então ele decidiu levar a menina para sua casa e o casal com muito Amor e Carinho, criariam a linda menina, que foi adotada com o nome de Kaguya Hime.


Desse momento em diante, algo mágico começou a acontecer... 

Sempre que o lenhador voltava ao trabalho, encontrava em cada bambu, muitas moedas de ouro e logo tornou-se um homem rico.

Três meses depois, para espanto do casal, Kaguya Hime cresceu e tornou-se uma linda donzela. Em pouco tempo o país inteiro tomou conhecimento da beleza inigualável de Kaguya Hime.


Assim, os pretendentes começaram a aparecer para pedir a mão de Kaguya Hime, mas ela recusou a todos.


Só que haviam cinco nobres rapazes que não desistiram de conquistar Kaguya Hime, então para livrar-se deles ela pediu um presente para cada um e prometeu casar-se com o primeiro que lhe trouxesse o que ela havia pedido...


Para o primeiro, ela pediu um vaso feito de pedras na qual seria encontrado num templo, bem no alto de uma montanha...


O rapaz foi em busca do vaso, mas não conseguiu subir a íngreme montanha... Então, para não perder a moça, resolveu levar uma falsificação do vaso. Kaguya Hime, logo percebeu o malogro e assim, recusou-se casar com o rapaz.


Para o segundo foi pedido um Ramo de Ouro que dava frutos de pérola, na qual seria encontrado na montanha Horai...


O rapaz, por ser rico, poupou seus esforços e mandou que um ouríves fizesse uma réplica perfeita do ramo. Kaguya Hime, impressionada, resolveu dar seu consentimento, mas na hora de dizer sim, apareceu o joalheiro cobrando pelo serviço feito e assim, a jovem descobriu que fora enganada e desistiu do noivado.


Para o terceiro rapaz, foi pedido o Manto Invisível de Tengo... O Tengo é uma planta mágica que habita a floresta... Mas o rapaz fracassou também.


Para o quarto rapaz, foi pedido a Moeda que brilha no pescoço do dragão... Para chegar até o dragão, o rapaz enfrentou uma violenta tempestade e acabou desistindo também.


Finalmente para o quinto rapaz, foi pedido um ninho de pássaro de espécie rara, mas o rapaz não conseguiu realizar a tarefa.


Kaguya Hime chorou muito e pediu perdão aos pais por não ter encontrado seu futuro marido ... Os pais, muito compreensivos, consolaram a filha, dizendo que o mais importante era tê-la como filha e que um dia ela arrumaria alguém que a Amasse de verdade.


Passaram-se três anos e Kaguya Hime ainda continuava cada vez mais bela...


Numa noite de primavera, Kaguya Hime estava triste olhando fixamente para a lua cheia... Ela abaixou a cabeça e lágrimas caíram de sua face. Os pais, preocupados, perguntaram o que havia de errado com ela. Kaguya Hime olhou novamente para o céu e respondeu:


"Eu Amo Muito Vocês e sou muito grata pelo grande Amor que dedicaram à mim... Mas já está na hora de vocês saberem a verdade... Eu pertenço a um mundo diferente... Sou a Princesa da Lua. Fui enviada pelo meu rei para viver aqui na Terra e dar uma vida mais digna à vocês... Mas agora fui comunicada que devo partir, pois minha Missão está cumprida..."


Os pais choraram desesperadamente e pediram para que a filha não os abandonassem, mas foi em vão...


Kaguya Hime agradeceu aos velhinhos e despediu-se...


Em seguida, a Lua começou a brilhar...


Mensageiros vestidos com roupas brilhantes desceram sobre as nuvens... Kaguya Hime vestiu um Manto de plumas, olhou para os pais adotivos, deixou uma lágrima rolar em seu rosto... e subiu aos céus...


Assim, desse dia em diante, em todas as noites de Lua Cheia o casal olha para o céu e vê o rosto de sua adorada filha, sorrindo e deixando a Lua cada vez mais bela!!!

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Prece de Cáritas




Deus, nosso Pai, que Sois todo poder e bondade, daí força àquele que passa pela provação, dai a luz àquele que procura
a verdade, ponde no coração do homem a compaixão e a caridade.

Deus! Dai ao viajor a estrela guia, ao aflito a consolação, ao doente o repouso.

Pai! Dai ao culpado o arrependimento, ao espírito a verdade, à criança o guia, ao órfão o pai.

Senhor! Que vossa bondade se estenda sobre tudo o que criastes.
Piedade, Senhor, para aqueles que não Vos conhecem; esperança para aqueles que sofrem. Que vossa bondade permita
aos espíritos consoladores derramarem por toda parte a paz, a esperança e a fé.

Deus! Um raio, uma faísca do Vosso amor pode abrasar a terra. 

Deixai-nos beber das fontes desta bondade fecunda e
infinita e todas as lágrimas secarão, todas as dores acalmar-se-ão. 

Um só coração, um só pensamento subirá até Vós,
como um grito de reconhecimento e de amor. Como Moisés sobre a montanha, nós Vos esperamos com os braços
abertos, Oh! Poder. Oh! Bondade. Oh! Beleza. Oh! Perfeição. E queremos de alguma sorte, alcançar Vossa misericórdia.

Deus! Dai-nos a força de ajudar o progresso a fim de subirmos até Vós; dai-nos a caridade pura; dai-nos a fé e a razão,
dai-nos a simplicidade que fará de nossas almas o espelho onde se deve refletir Vossa imagem.


Médium: Madame W. Krill - Bordeaux - França
Espírito: CÁRITAS.

Assim mesmo



Muitas vezes as pessoas são egocêntricas, ilógicas e insensatas.
Perdoe-as assim mesmo.

Se você é gentil, as pessoas podem acusá-lo de egoísta, interesseiro.
Seja gentil, assim mesmo.

Se você é um vencedor, terá alguns falsos amigos e alguns inimigos verdadeiros.
Vença assim mesmo.

Se você é honesto e franco, as pessoas podem enganá-lo.
Seja honesto assim mesmo.

O que você levou anos para construir, alguém pode destruir de uma hora para outra.
Construa assim mesmo.

Se você tem Paz e é Feliz, as pessoas podem sentir inveja.
Seja Feliz assim mesmo.

Dê ao mundo o melhor de você, mas isso pode nunca ser o bastante.
Dê o melhor de você assim mesmo.

Veja que, no final das contas, é entre você e DEUS.

Nunca foi entre você e as outras pessoas.


Madre Teresa de Calcutá

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Trabalho, solidariedade e tolerância







O Evangelho de Jesus está calcado numa espinha dorsal de comportamentos, em cujas vértebras encontramos o trabalho, a solidariedade e a tolerância, como elementos de sua anunciação, divulgação, prática e sustentação.

Jesus, ao ensinar que o Pai trabalha incessantemente, que o amor ao próximo secunda o amor a Deus na Lei Maior, e que devemos perdoar as ofensas, setenta vezes sete vezes, corroborou a importância fundamental do trabalho, da solidariedade e da tolerância na construção do Reino dos Céus.

Sendo a caridade o amor em ação, como denominado pelo apóstolo Paulo, é ela a representação dessas três virtudes, pois a ação de cada um no bem é a própria dinâmica do trabalho como atividade útil, e o amor, para que seja amor, tem que agasalhar no seu íntimo a solidariedade e a tolerância. Logo, a solidariedade e a tolerância trabalhadas só podem produzir e promover o bem.

Allan Kardec, ao afirmar que fora da caridade não há salvação, formulou uma das mais espetaculares sínteses das leis morais da vida.

E também ele, o Codificador, não prescindiu do trabalho em toda a sua grandeza, da solidariedade prestada e recebida, e da tolerância, pois não foram poucos nem pequenos os ataques à sua pessoa e à sua obra, sofridos da inveja, do ciúme, das intrigas, dos caluniadores, dos inimigos do progresso e do bem.

Nós, que estamos no seio de uma sociedade espírita, que vive sob a custódia dos ensinos kardequianos, não podemos deixar de considerar a necessária preponderância da tríade em apreço, como fundamento de nossas ações dentro dessa organização, na qual somos aprendizes do bem, para que os benfeitores espirituais que a tutelam e a dirigem, tenham razões para continuarem investindo seus valores em prol das realizações programadas para a instituição, que, em última análise, significa a nossa realização pessoal.

Que seja, pois, o trabalho no bem, a nossa grande ferramenta de construções nobres nas mentes e nos corações, e instrumento de nossa redenção pessoal.

Que impere a solidariedade entre todos, para que assim se dê a união e advenha a força operosa tão esperada , e, qual feixe de varas, sejamos ação e sustentação dos objetivos comuns da Casa.

Que a tolerância para com as imperfeições dos outros seja nossa dama de companhia, e estaremos acatando a recomendação do Espírito de Verdade para que calemos nossas eventuais diferenças pessoais, a fim de que o Senhor, ao chegar, encontre acabada a obra.






 Maurício R. Silva

(Jornal Mundo Espírita de Outubro de 98)

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Tabagismo como libertar-se do vício

Magaly Sonia Gonsales






Com sua proposta para o auto-conhecimento e a reforma íntima, o Espiritismo torna-se um grande aliado ao viciado que almeja sua libertação
Vícios, paixões e desatinos humanos normalmente se desenvolvem e fazem morada em nosso corpo carnal quando estamos invigilantes e quando nosso padrão vibratório está tão baixo que nos deixamos dominar por forças do plano astral inferior ou seja, quando perdemos por completo o controle sobre nossos próprios atos e quando não mais conseguimos evitar certas ações e atitudes que até então julgávamos ter sobre nossa vontade. Então, infelizmente, estamos nas malhas do vício. Isso normalmente acontece quando estamos invigilantes e por mantermos um comportamento moral condizente com espíritos do plano inferior e, portanto, ficamos literalmente nas mãos deles. Dessa forma, não mais teremos nenhum controle, nem sobre nosso corpo físico e nem sobre os danos que estamos causando ao nosso perispírito, ao dar vazão aos vícios em geral e desregramentos da vida carnal. Nessa categoria, podemos citar o alcoolismo, o tabagismo, os tóxicos, a alimentação carnívora, o sexo, a maledicência, a avareza, a mentira e tantos outros que nos oprimem, que atentam contra a delicadeza da vestimenta perispiritual que nos envolve e sobre a qual estamos atentando e, muitas vezes, destruindo o que de mais importante nos foi emprestado para que possamos evoluir e alcançar outros planos espiriiuais que é o nosso corpo físico.
O vício do fumo foi adquirido pelos espanhóis, junto aos índios da América Central, que o encontraram nas adjacências de Tobaco, provínoia de Yucatán. Um dos primeiros a cultivar o tabaco na Europa foi o Monsenhor Nicot, embaixador da França em Portugal, de onde se derivou o nome de nicotina, dado à principal toxina nele contida. O fumo, pelos danos que ocasiona ao organismo, é, por isso mesmo, perigo para o corpo e para a mente..."- Examinando a Obsessão. Os distúrbios provocados nos que se iniciam no vício, tais como tonteiras, vômitos, perturbações bronquiais, são indício do envenenamento que o fumo provoca e da luta que o organismo trava ao se defender para adaptar se ao mesmo. Uma vez estabelecido o vício, a pessoa se torna vítima do tabagismo, uma doença à qual se entrega, abdicando da própria vontade, incapaz de resistir à vontade de fumar, que se transforma em ação obsessiva simples.
Que a ação do fumo seja ofensiva o demonstram as próprias propagandas que alardeiam a utilização de filtros ou a consecução de cigarros com muito menos nicotina. Mas além desta, ele contém outros venenos como: ácido tânico, omálico, oxálico, amônia e outros que lhe imobilizam outras importantes defesas do organismo. Sua ação se torna muito pior para aqueles que detêm certas insuficiências orgânicas, acrescendo-as ainda mais. As mulheres, entretanto, são as mais prejudicadas, por sua natureza mais delicada e sensível, principalmente na gravidez, tornando-as mais propensas aos distúrbios da gestação. Além do mais, são afetadas na própria fertilidade. O fumo" ...Hábito vicioso, facilita a interferência de mentes desencarnadas também viciadas, que se ligam em intercâmbio obsessivo simples, a caminho de dolorosas desarmonias..." - Examinando a Obessão.


VÍCIO E VAMPIRISMO
Intercâmbio obsessivo simples, pois não influi no cunho moral do homem, nem o avilta até a degradação completa, como acontece com o vício da embriaguez ou da toxicomania. Mas se a pessoa se entregar em demasia ao hábito, poderá servir de "piteira viva" para desencarnados também viciados, de natureza inferior que, ao se servirem dele para satisfazer o vício de fumar, poderão influenciá-lo a fumar muito mais e estabelecer com ele uma forma de simbiose prejudicial, inoculando-lhe pensamentos deletérios, de ordem moral inferior, cuja receptividade será tanto maior quanto mais fraquezas a pessoa possa ter. Trata-se, enfim, de más companhias que, por sua influência perniciosa, poderão acarretar deslizes morais perigosos e associações com delinqüentes e viciados.
Mas nem sempre tais influências provocam situações de domínio caracterizáveis. O domínio psíquico tem diversas gradações e a pessoa pode passar uma existência inteira a desviar-se do que se havia proposto antes de reencarnar, sem aperceber se. Ao desencarnar, os vícios se tornam mais dominantes, acarretando momentos de angústia muito cruciantes que impelem a buscar a saciedade no vampirismo dos encarnados "...Infunde pena a angústia dos desencarnados amantes da nicotina..."
O vício do fumo é uma porta aberta para o início das obsessões mais variadas e, embora obsessão simples, pode servir de trampolim a outras de maior gravidade, pela sujeição a espíritos atrasados. O viciado no fumo é mais uma vítima de sua debilidade mental do que mesmo de uma invencível atuação fisiológica, ele esquece-se de si mesmo e, por isso, aumenta progressivamente o uso do cigarro, tentado continuamente pelo desejo insatisfeito, criando então uma segunda natureza que se torna implacável e exigente carrasco.
Os efeitos perniciosos do cigarro transformam-se em enfermidades crônicas que minam as defesas naturais e de proteção do organismo. Uma das mais conhecidas enfermidades crônicas é a célebre "bronquite tabagista" ou a causada por distúrbios próprios da "asma brônquica", com a presença do incômodo pigarro, que é produto da irritação constante causada pelo fumo às mucosas respiratórias. O fumante inveterado vive com a faringe, a laringe, os brônquios, o estômago e intestinos supercarregados de nicotina e de todos os derivados tóxicos do fumo, obrigando a sua natureza à permanente vigilância, a fim de se poder manter em relativo contato com os fenômenos da vida física exterior.
Portanto, como vimos, o fumo é um dos grandes responsáveis pela falência moral do homem, visto que ele abre brechas para todos os tipos de obsessões.
Assim, para "largar o cigarro" é preciso readquirir o poder da vontade de que se acha escravizado a ele. É na mente do homem que, antes de tudo, deve ser empreendida uma campanha sadia contra o vício. Através de reflexões inteligentes, deve ele se convencer da tolice de se submeter a prejuízos físicos, psíquicos e econômicos, causados pelo cigarro, o charuto ou o cachimbo.


RETOMANDO O CONTROLE
Portanto, a ofensiva não deve ser iniciada contra o objeto do vício, que é o fumo, mas no sentido de recuperar o comando mental perdido. Há que ser retomado novamente o psiquismo diretor dos fenômenos de relação entre a alma e o meio. É preciso que o homem se torne outra vez senhor absoluto dos seus atos, desprezando as sugestões tolas e perniciosas do vício que o domina. É certo que a libertação do vício de fumar seria muito mais difícil se, por afinidade de vícios ou devido a qualquer desregramento moral, a criatura já estiver sendo cercada por entidades de astral inferior, atraída para junto de si. Neste caso, a libertação não só requer o domínio da própria vontade, como ainda a adoção de um modo de vida que provoque o desligamento de outra vontade viciosa e livre, do além-túmulo.


OS EFEITOS DO TABAGISMO
Assim como devasta a vontade e a lucidez, o cigarro ataca e destrói o organismo, criando doenças e provocando disfunções.
Eis apenas alguns de seus efeitos:
Sistema Respiratório
Bronquite, Enfisema, Câncer pulmonar, Angina do peito, Laringite, Tosse, Tuberculose, Traqueíte, Rouquidão.
Sistema Digestivo
Diminui a secreção gástrica, diminui o apetite e dificulta a digestão: úlcera gastroduodenal; quilite (inflamação dos lábios), sialorréia (salivação abundante); hepatite; aumento do ácido úrico, provocando a chamada Gota.
Sistema Circulatório
Arteriosclerose (20 cigarros ou mais por dia); varizes; flebite, isquemia; úlceras varicosas; palpitação; mal de Buerger (trombose); aceleração de doenças coronárias e cardiovasculares.
Sistema Nervoso
Uremia; Mal de Parkinson; vertigens; náuseas; dores de cabeça; nervosismo; opressão.
Assim como o alcoolismo, a falta do fumo para o viciado gera ansiedade, angústia etc.
Desencadeia crises, convulsões e espasmos. É a dependência mental, psíquica e física.


POR QUE FUMAR?
O tabaco era usado na prática de feitiçarias, nas quais os indígenas acreditavam que a fumaça afastava os "maus espíritos". Como defumador, os pajés jogavam folhas secas de tabaco no braseiro, ao mesmo tempo que invocavam os deuses. Os nativos, com o tempo, passaram a fazer um rolo de folhas secas de tabaco fumegantes, aspirando e tragando a fumaça demonstrando visível sensação de prazer.
Hoje o fumo é consumido em larga escala, graças à herança daqueles costumes nativos, porém sob a égide de mentiras comerciais douradas, condutoras à exacerbação do consumo.


COMO PREVENIR
Na família, pelo exemplo. Na sociedade, pela educação, onde sejam demonstrados os males do vício e na religião, pelo respeito devido ao corpo e à vida.
Nosso organismo possui extraordinária capacidade de refazimento e de recuperação. Estima-se, contudo, que a eliminação dos agentes nocivos do fumo no corpo humano processa-se em período de tempo igual à duração do vício. Por exemplo: quem fuma há 10 anos, se deixar o vício, levará aproximadamente outros 1 0 anos para extirpar completamente do seu corpo os sintomas negativos do fumo.


COMO DEIXAR DE FUMAR
A melhor maneira é fazê-lo de uma só vez, com extraordinária força de vontade. Pegue seu maço de cigarros e jogue-o no lixo. É melhor passar alguns dias de angústia, mas reprimir definitivamente o desejo de fumar do que prolongar essa agonia indefinidamente até que um câncer pulmonar ou laríngeo faça-o por você.


COMO O ESPIRITISMO VÊ O TABAGISMO
Como uma infeliz criação humana, dentre tantas... Por ser gerador de doenças e dependência (viciação), promove graves distorções no corpo e no caráter, refletindo-se em danos impressos no perispírito. E isso representará sofrimento em vidas futuras, se não já a partir desta. O fumante, após desencarnar, certamente irá ressentir-se da falta do fumo. Buscará desesperadamente satisfazer o vício, só o conseguindo, tal como no processo de vampirismo, ou seja, como o homem nunca está só, física ou espiritualmente; fixado no vício, terá permanentemente companhia de encarnados e desencarnados sintonizados com ele. Por outro lado, o Espiritismo oferece inestimável apoio ao viciado que queira libertar-se, através da "Evagelho-terapia", o tratamento pelo Evangelho, a cura do espírito.
Sim, cuidando do corpo, cuida-se de uma fração episódica da existência do indivíduo, porém, cuidando-se do espírito, cuida-se da erradicação do mal, construindo-se uma obra para a eternidade!
Cada tendência negativa superada - entre as quais o alcoolismo - representará mais um degrau alcançado na escada do progresso espiritual.
Nesse particular, o espiritismo representa poderoso estímulo à cura, pela reforma íntima do indivíduo, pois o levará à reflexão e ao conhecimento das conseqüências infelizes do tabagismo e alcoolismo em futuras reencarnações. A ótica reencarnacionista, calcada na lógica, no bom senso e principalmente na Justiça Divina, levará o homem a não assumir dívidas hoje para resgate nas próximas vidas e nem a jogar espinhos na frente do seu caminho...


Tratamento para tabagismo na Federação Espírita de São Paulo
terças 14h e 19h30 sábados 16h
Rua Maria Paula, 140, Centro - Telefone: (11) 3115-5544

Referências:
CURTI, Rino - "Espiritismo e Obsessão"
KUHL, Eurípedes - "Tóxicos - Duas Viagens"
O livro "Malefícios do Fumo"é uma contribuição inestimável a todos aqueles que desejam abandonar um vício que tanto mal traz às pessoas.



(Extraído da Revista Cristã de Espiritismo, nº 07)

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Recomeçar

Amor e desprendimento



Sergito de Souza Cavalcanti

Prestar auxílio a quem solicita é lei divina. É verdade que nem sempre estamos em condições de satisfazer todos os pedidos solicitados, contudo quando as solicitações forem justas, com um pouco de boa vontade e bom coração, sempre encontraremos meios de atender à maior parte delas em nome do Senhor.

É importante também não virarmos as costas a quem solicita algum empréstimo, coisa nem sempre fácil devido ao apego que temos às “nossas coisas”. Jesus nos concita a ir mais longe: “Se alguém tirar o que é nosso, não devemos ir reclamá-lo de volta.” (Lc 6:30) Deixe-o ir tudo, contanto que o irmão esteja satisfeito e nós permaneçamos na inalterável paz espiritual. Afinal, que temos nós na terra que não sejam nossos dons espirituais, morais e intelectuais? Todo o resto é empréstimo que a Providência Divina nos concedeu porque: “Nada temos trazido para o mundo, nem cousa alguma, poderemos levar dele” (I Tm 6:7)

Lembremo-nos de que Deus se doa a todos, bons e maus, santos e criminosos, evoluídos e atrasados. O exemplo divino “Sede perfeitos, como perfeito é vosso Pai Celestial”(Mt 5:48) é a maior lição legada à nossa individualidade e temos que seguir esse exemplo se quisermos atingir o Pai que habita dentro de nós, unificando-nos a Ele.

A pratica da caridade em sua mais ampla acepção, constitui o único caminho para a conquista da perfeição por que esta só é atingida quando o coração se vê despojado de toda e qualquer mácula de rancor, ódio e ressentimento para com o seu semelhante.

Um dia, todos nós seremos perfeitos pois em nós reside o germe de todas as virtudes que, em tempo propício, desenvolver-se-ão em função de nosso livre arbítrio.

Estudar e principalmente vivenciar os ensinos dos Evangelhos de Nosso Senhor Jesus Cristo é o roteiro seguro para alcançarmos o caminho para nossa perfeição. Toda trajetória de nossa vida, nos leva ao amor, e o amor nos leva a Deus, e essa trajetória chama-se “evolução”.

Sem amor, nada seremos. Amor incondicional: ao irmão, ao amigo, e até mesmo ao inimigo. Nada é mais transcendental que o amor. 

“Meus discípulos serão conhecidos por muito se amarem.” (Jo 13:353)

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Paciência e resignação na enfermidade



Sergito de Souza Cavalcanti


Se está enfermo, procure manter-se numa atitude positiva de serenidade e calma. Confie no Senhor todo poderoso. Por maiores que forem suas dores e aflições elas passarão.

Todas às vezes que entramos em desequilíbrio com as leis de Deus, estamos indiretamente provocando doenças e desequilíbrios em nosso corpo físico.

Pense nisso e procure manter-se em atitude positiva de pensamentos elevados, de amor e alegria cristã.

Controle sua mente. Não é ela que depende da saúde do corpo e sim o corpo sadio que depende da mente sadia.

Procure na prece a harmonização da paz interna, pois a alma que ora, estabelece religação com a fonte original de tudo que existe.

Quando o espírito está completamente equilibrado, não há enfermidades que o ataque. Cuide de sua mente para que a saúde reflita em seu corpo.

Procure falar o menos possível sobre os males, as dores e enfermidades. Quanto mais falar e repisar sobre suas dificuldades, mais elas se acentuarão. Pense na saúde, na alegria e na prosperidade, e sua vida tomará novos rumos.

É salutar termos também o entendimento de que nada nos acontece por acaso. A doença nos proporciona o exercício da paciência, da resignação e da submissão à vontade divina, tendo também função purificadora e redentora para nossas almas.

Muitas vezes a carne enfermiça é o remédio salutar para o espírito, que através de experiências dolorosas, despertar-se-á para uma vida maior.

Não desanime diante de suas enfermidades. Tenha resignação e paciência.

Será através da dor que se libertará das vibrações grosseiras de desequilíbrios pretéritos.

A arte de ser feliz




Acorde todas as manhãs com um sorriso.

Esta é mais uma oportunidade que você tem para ser feliz.

Seja seu próprio motor de ignição. O dia de hoje jamais voltará.

Não o desperdice, pois você nasceu para ser feliz!

Enumere as boas coisas que você tem na vida.

Ao tomar consciência do seu valor, você será capaz de ir em frente com muita força, coragem e confiança!

Trace objetivos para cada dia.

Você conquistará seu arco-íris, um dia de cada vez. Seja paciente.

Não se queixe do seu trabalho, do tédio, da rotina, pois é o seu trabalho que o mantém alerta,
em constante desenvolvimento pessoal e profissional, além disso o ajuda a manter a dignidade.

Não se deixe vencer, não seja igual, seja diferente.

Se nos deixarmos vencer, não haverá surpresas, nem alegrias.

Conscientize-se que a verdadeira felicidade está dentro de você.

A felicidade não é ter ou alcançar, mas sim dar.

Estenda sua mão. Compartilhe. Sorria. Abrace.

A felicidade é um perfume que você não pode passar nos outros sem que o cheiro fique um pouco em suas mãos.

O importante de você ter uma atitude positiva diante da vida, ter o desejo de mostrar o que tem de melhor...

O tempo para ser feliz é agora.

O lugar para ser feliz é aqui!


Autor desconhecido

Existia tristeza, existia dor





Existia tristeza, existia dor
Porém, no céu infinito, um luar
Tocou um melancólico coração
Com seus reflexos prateados.

Existia tristeza, existia dor
Entretanto, uma refulgente estrela
Incutiu nos olhos tristes de alguém
Os raios infinitos da esperança.

Existia tristeza, existia dor
Mas a força e o esplendor do sol
Transformou o inverno em primavera
E deixou os campos repletos de flores.

Existia tristeza, existia dor
Que foram suplantados pelo Amor
Fonte de luz que guia e ilumina
os corações humanos.


Katia Y Toguchi

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011



A amizade é um amor que nunca morre.

A amizade é uma virtude que muitos sabem que existe,
alguns descobrem, mas poucos reconhecem.

A amizade quando é sincera o esquecimento é impossível

A confiança, tal como a arte, não deriva de termos resposta para tudo, mas, de estarmos abertos a todas as perguntas.

A dor alimenta a coragem. Você não pode ser corajoso se só aconteceram coisas maravilhosas com você.

A esperança é um empréstimo pedido à felicidade.

A felicidade não é um prêmio, e sim uma conseqüência,
a solidão não é um castigo, e sim um resultado.

A felicidade não está no fim da jornada, e sim em cada curva do caminho que percorremos para encontrá-la.

A gente tropeça sempre nas pedras pequenas, porque as grandes a gente logo enxerga.

A glória da amizade não é a mão estendida, nem o sorriso carinhoso, nem mesmo a delicia da companhia. É a inspiração espiritual que vem quando você descobre que alguém acredita e confia em você.

A infelicidade tem isto de bom: faz-nos conhecer os verdadeiros amigos.

A inteligência é o farol que nos guia, mas é a vontade que nos faz caminhar.

A maior fraqueza de uma pessoa é trocar aquilo que ela mais deseja na vida, por aquilo que ele deseja no momento.

A persistência é o caminho do êxito.

A pior solidão é aquela que se sente na companhia de outros.

A SOLIDÃO É UMA GOTA NO OCEANO QUE SÓ OLHA PARA SI MESMA... UMA GOTA QUE NÃO SABE QUE É OCEANO...

Amigos são a outra parte do oceano que a gota procura...

A tua única obrigação durante toda a tua existência
é seres verdadeiro para contigo próprio.

A verdadeira amizade deixa marcas positivas que o tempo jamais poderá apagar.

A verdadeira amizade é aquela que não pede nada em troca, a não ser a própria amiga.

A verdadeira generosidade é fazer alguma coisa de bom por alguém
que nunca vai descobrir.

A verdadeira liberdade é poder tudo sobre si.

Algumas pessoas acham-se cultas porque comparam sua ignorância com as dos outros.

Amigo de verdade é aquele que transforma um pequeno momento em um grande instante.

Amigo é a luz que não deixa a vida escurecer.

Amigo é aquele que conhece todos os seus segredos e mesmo assim gosta de você!

Amigo é aquele que nos faz sentir melhor e sobre tudo nos faz sentir amados...

Amigo é aquele que, a cada vez, nos faz entrever
a meta e que percorre conosco um trecho do caminho

Amigos são como flores cada um tem o seu encanto por isso cultive-os.

Amizade é como música: duas cordas afinadas no mesmo tom, vibram juntas...

Amizade, palavra que designa vários sentimentos, que não pode ser trocada por meras coisas materiais... Deve ser guardada e conservada no coração!!!

As pessoas entram em nossas vidas por acaso, mas não é por acaso que elas permanecem.

Celebrar a vida é somar amigos, experiências e conquistas,
dando-lhes sempre algum significado.

Diante de um obstáculo não cruzes os braços, pois o maior
homem do mundo morreu de braços abertos.

Elogie os amigos em público, critique em particular.

Errar é humano, perdoar é divino.

Evitar a felicidade com medo que ela acabe; é o melhor meio de ser infeliz.

Faça amizade com a bondade das pessoas, nunca com seus bens!

Felicidade é a certeza de que a nossa vida não está se passando inutilmente.



Érico Veríssimo

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Filhos com deficiência




Thereza de Brito (espírito)

A expectativa que toma conta do período de gestação da mulher é tão especial e admissível que se justifica a frustração ou a amargura que envolve tantos corações, quando constatam que seus rebentos, ansiosamente aguardados, são portadores de deficiência física ou mental ou a conjugação de ambas.

Compreensíveis a dor e a surpresa que se alojam nas consciências e nas almas paternas, ao começarem a pensar nas limitações e conflitos, agonias e enfermidades que acompanharão os seus filhos, marcados, irremediavelmente, para toda uma existência de dependências e limitações.

Quantos são os pais que, colhidos no amor próprio, fogem da responsabilidade de cooperar com os filhos debilitados?

Quantas são as mães que, transformadas em estátuas de dor ou de revolta, abandonam os filhos à própria sorte, relegando-os aos ventos do destino?

Entretanto, levanta-se um enorme contingente de pais e de mães que, ao identificarem os dramas em que se acham seus filhos inseridos, enchem-se de ternura, de dedicação, vendo nos rebentos, achacados no corpo ou na mente, oportunidades de crescimento e enobrecida luta em prol do futuro feliz para todos.

*

Seu filho com deficiência, não o descreia, é alguém que retorna aos caminhos humanos, após infelizes rotas de desrespeito à ordem geral da vida.

Seus filhos lesados por carências corporais ou psíquicas estão em processo de ressarcimento, havendo deixado para trás, nas avenidas largas do livre-arbítrio, as marcas do uso da exorbitância, da insubmissão ou da crueldade.

Costumeiramente, os indivíduos que se valeram do brilho intelectual ou da sagacidade mental para induzir ao erro, para destruir vidas no mundo, para infelicitar, intrigando e maldizendo, reencarnam com os centros cerebrais lesados, em virtude de se haverem atormentado com suas práticas inferiores, provocando processos de desarranjo nas energias da alma, localizadas na zona da estrutura cerebral.

Não só intelectuais degenerados renascem com limitações psico-cerebrais, tangidos pela Síndrome de Down, mas, também, os que resolveram mergulhar nas valas suicidas, destroçando o cérebro e os seus núcleos importantes, mantendo-se com os fulcros de energias perispirituais sob graves distúrbios que deverão ser recompostos por meio da reencarnação.

Indivíduos que, no passado, se atiraram à insana destruição corporal, arremessando-se de altitudes, ou sob pesados veículos, ou deixando-se afogar no bojo de massa líquida, podem retornar agora na posição de filhos da sua carne, marcados por hemi, para ou tetraplegias, por cegueira, mudez, surdez ou outras dramáticas situações que estão situadas no território das teratologias.

O despotismo implacável pode gerar neuroses ou epilepsias; o domínio cruel de massas indefesas e desprotegidas pode produzir os mesmos efeitos.

Os homicídios cruéis podem acarretar infortunados quadros epilépticos, produzindo sobre a rede psico-nervosa adulterações nas energias circulantes, provocando panes de freqüência variada, de caráter simples ou crônico.

Seus filhos com deficiências podem estar em alguma dessas condições, necessitados da sua compreensão e assistência, para que sejam capazes de superar as próprias deficiências, colocando-se aparelhados de resignação e esforço íntimo para que suplantem-se a si mesmos, rumando para Deus, após atendidos os projetos redentores da Divindade.

Ame seus rebentos problematizados do corpo ou da mente, ou de ambos, cooperando com eles, com muita paciência e com o preito da ternura, para que possam sair vitoriosos da expiação terrena, avançando para mais altos vôos no rumo do nosso Criador.

Forre-se de carinho, de paciência, de tranqüilidade interior, vendo nesses filhos doentes as jóias abençoadas que o Pai confia às suas mãos para que as burile.

Por outro lado, vale considerar que se você os tem nos braços ou sob a sua assistência e seus cuidados, paternais ou maternais, é em razão dos seus envolvimentos e compromissos com eles.

Você poderá tê-los recebido por renúncia e elevado amor de sua parte, mas, pode ser que você esteja diretamente ligado às causas que determinaram os dramas dos seus filhos, cabendo-lhe não alimentar remorsos descabidos, mas, sim, auxiliá-los e impulsioná-los para a própria recomposição, enquanto você, igualmente, avança para o Criador, sofrendo por seu turno o ter que vê-los resgatar, sem outra opção que não seja abraçá-los e se colocarem, você e eles, sob a luz do amor de Deus, resignadamente.



(Mensagem psicografada pelo médium J. Raul Teixeira, inserta no livro "Nossas Riquezas Maiores", no prelo)
(Jornal Mundo Espírita de Julho de 1997)