sábado, 30 de abril de 2011

Não desdenhe brilhar




Sim, era acusado de um crime e fora aprisionado pelos homens...
Tudo indicava que na máscara daquele rosto e beleza fugira.
Traços duros e irregulares.
Tez sem cor e sem viço.
Cabelos ralos e descuidados.
Testa vincada por rugas profundas.
Olhos embaciados por desesperos ocultos.
Nariz adunco e disforme.
Boca rasgada de cantos contraídos.
Maxilares proeminentes.
Ar de tristeza e preocupação.
E caminha vacilante.
Tormento à vista...
Súbito, porém, o homem sorri e um sopro de simpatia vitalizam-lhe o semblante.
Alteram-se-lhe todas as linhas para melhor qual se possante facho interior fosse aceso de inesperado.
Não era o mesmo homem. Já não parecia um criminoso...
***
Amigo, você já observou o efeito renovador de um sorriso?
Sorriso é raio de luz da alma.
E a luz, ainda mesmo no abismo, é sempre esplendor do Alto vencendo as trevas.
Não negue a dádiva do sorriso seja a quem for.
Sorri na dificuldade.
Sorria na luta.
Sorri na dor.
Sua alma é sol divino.
Não desdenhe brilhar.


Do livro Ideal espírita
Autor: Valérium. Psicografado por Chico Xavier.