sábado, 29 de janeiro de 2011

Palavras de um médico



Há momento em que precisamos confiar ao Senhor a essência dos nossos mais íntimos cuidados.

A vida não é patrimônio do nosso capricho individual e o caminho em que nos cabe marchar para a frente é, sobretudo, traçado pela Divina Sabedoria.

Nem sempre sabemos o que desejamos, contudo o Mestre conhece aquilo de que realmente carecemos.

Quanto seja possível ao nosso sentimento, inclinemo-nos perante os Desígnios Superiores que nos alteram os planos e prossigamos para a vanguarda de luz em que devemos situar o coração de trabalhadores do bem.

Ao médico é concedido o mais alto dos títulos na esfera de assistência à vida na Terra. Se os sacerdotes do pensamento religioso semeiam a luz de Deus nas Almas, os médicos são os
missionários do equilíbrio da existência humana, garantindo a harmonia do campo em que a fé renovadora conseguirá brilhar.

Sem dúvida, contam-se por milhares aqueles que, desviados do verdadeiro sentido do trabalho que lhes compete, se arrojam aos despenhadeiros da indiferença, traindo o mandato recebido de Mais Alto, entretanto, não ignoramos o imperativo de nossas responsabilidades e sabemos que, acima de tudo, é necessário saibamos agir e servir, nas fileiras dos que se devotam à felicidade de todos.

Para nós, o sacrifício pessoal e a renúncia constante serão o clima inevitável da mínimas cogitações. Por isso mesmo, olvidar os deveres que a luta nos impõe seria menosprezar a nossa
mais valiosa oportunidade de elevação.

Não permitamos que a sombra da dúvida nos invada o espírito.

Levantemo-nos espiritualmente e prosseguimos.

Recordemos que a morte é simples ilusão. Exige-se de nós outros na atualidade mais senso e compreensão dos nossos serviços nos círculos médicos, a fim de que os nossos princípios se refaçam.

Realmente, os nossos arraiais acadêmicos ainda se acham minados pelo materialismo da semi-ciência e o soro frio da enregela preciosa formações nascentes, no campo de nossas manifestações culturais, mas, a pouco e pouco, amparados na coragem dos colegas que nos
continuam os esforços, esperamos criar novos valores para o futuro glorioso que nos cabe atingir.

Não esmoreçamos!

Podemos fazer muito pela classe a que pertencemos e pela comunidade a que servimos. Dispomos de recursos, de influências, de meios espirituais que facilitam a ascensão.

Estudemos!Temos um mundo novo à frente do raciocínio.

Urge o tempo!

Hoje a estrada se descortina cheia de luz. Amanhã, se soubermos semear, a colheita será rica de bênçãos.

Defendamos a oportunidade de triunfar no labor esposado na Terra, a fim de que nossas experiências se dirijam no rumo do porvir, enriquecendo a senda de muitos.

Para a verdade, não importam os títulos externos da criatura.

A roupagem dos pontos de vista é igualmente transitória como a indumentária do corpo. A realidade pede substância pratica, riqueza intrínseca.

Não nos propomos converter a personalidade nisso ou aquilo, na rotulagem das idéias ou das confissões variadas a que se filiam os idéias das igrejas terrestres.

Pretendemos, simplesmente, a posição de portadores do bom ânimo e da coragem, a fim de que o remédio não se perca nos desvãos da incerteza e da sombra.

Sigamos à frente. A nossa família não se circunscreve às quatro paredes do nosso movimento doméstico. Estende-se em todos os lugares, onde um doente chama por nós, confiando-nos a
esperança.

Sejamos fortes e restauremos as energias para a batalha do bem, em que sempre nos colocamos, nas linhas da abnegação e da frente.

Nossa responsabilidade é maior que nós. Nossos deveres superam nossas dores. O interesse de todos compele-nos ao esquecimento de “eu”, que tanto nos empenhamos em adorar e conservar.

Recordemos que o Cristo foi o Mestre da Verdade, mas foi também, entre as criaturas, o Divino Médico da Saúde e da Alegria.

Sigamo-Lo na faina abençoada de materializar-se as lições de amor e estejamos certos de que a Sua proteção jamais nos faltará



(*) Trecho da mensagem particular, dirigida a um médico presente à reunião de 17-1-1952, em Pedro Leopoldo.


Livro Cartas do Coração. Psicografia de Francisco C. Xavier.

O poder da gentileza



Nestes tempos de muita preocupação consigo mesmo, e de pouco tempo para o outro, de tempos "sem-tempo", quero chamar a atenção para uma virtude que anda meio esquecida: a gentileza.

Gentileza que não quer dizer fraqueza, nem é virtude só para mulheres.

Gentileza que significa cortesia, amabilidade, fidalguia, bom tratamento.

Tem um poder muito grande e tem relação direta com a inteligência bem como denota elevação moral.

Muitos se desculpam dizendo "não tenho tempo para estas coisas". 
Porém, sempre é tempo para uma palavra de amizade, para um telefonema cordial, para um sorriso de afeto, dirigido mesmo àqueles que parecem endurecidos e impermeáveis às boas maneiras.

A gentileza depende do hábito. Comece hoje a cultivá-la. Há muitas maneiras de adquirir esse hábito mas precisa ter disciplina e força de vontade.

Pode-se ser gentil com os superiores, mas é muito mais difícil ser gentil com os subalternos ou com os familiares e amigos próximos, justamente aqueles com quem acabamos desdenhando as regras da conduta sadia.

Pode-se ser gentil no trânsito, com os transeuntes, em casa, no trabalho, em todos os lugares.

Cada vez é mais raro ver-se, por exemplo, uma pessoa que dê lugar a outra, dentro de um ônibus lotado. Ou numa fila. Não falo aqui de obedecer a sua vez na fila, mas de dar a vez para outra pessoa que pareça mais aflita ou necessitada. Pelo contrário: quando podem, as pessoas `furam' a fila, quase sempre invocando um título ou uma posição social que os outros não têm.

Cada vez é mais raro ver as pessoas ajudando outras a carregar sacolas, a levantar objetos caídos, a ajudar um idoso a atravessar a rua, ou a empurrar um carro que não pega.

As pessoas alegam que não têm tempo, mas na verdade o tempo é a gente que fabrica. Quantos passam horas à frente dos tele-jornais e das novelas e alegam não ter tempo para agradecer uma carta, um e-mail, um convite ou um favor recebido.

Outro cuidado que a gente não tem: quando precisamos fazer um telefonema, não cogitamos se estamos a incomodar o outro na hora em que ele pode estar mais ocupado. É importante que não façamos ligações em horas tardias, nem tomemos o tempo por mais de dois minutos, em assuntos triviais.

Quando esses pequenos gestos de fraternidade e reconhecimento vão sendo esquecidos, a pessoa vai ficando fria e áspera, acreditando que todos devem ser gentis para com ela, mas esquecendo que esse dever é recíproco e que devemos ser aquele que dá o primeiro passo.

Quantas vezes, no trânsito, não esperamos o pedestre terminar de atravessar a rua, buzinamos impacientemente, não damos a vez ao que está pretendendo entrar numa via preferencial, nem damos carona à mulher grávida ou ao ancião.

"Muito obrigado", "por favor", "está ótimo o seu café", "bom dia", "boa tarde", "desculpe", são expressões que estão se ouvindo cada vez menos.

Nosso teste permanente é com os familiares. No tom de voz, no tempo que lhes damos, nas pequenas atitudes para com o cônjuge, seja oferecendo-se um dia para enxugar a louça, para passar o aspirador, ou surpreendê-lo com um café na cama.

Nosso exemplo é seguido pelos filhos. Não podemos chamar-lhes a atenção por tratar rispidamente a empregada se nós próprios não os ensinamos, pelo exemplo, a respeitar e a pedir "por favor' mesmo àqueles a quem pagamos para trabalhar para nós.

Na rua, outra maneira de demonstrarmos nossa civilidade é a forma como tratamos o pedinte. Mesmo que não possamos lhe dar nada, o importante é tratá-lo como ser humano, sem diminuir-lhe ainda mais a sua dignidade. Se não pudermos orientá-lo ou ajudá-lo, pelo menos vamos vibrar positivamente, em silêncio, certos de que o nosso pensamento poderá suavizar o seu padecimento.

Já não se fala do respeito aos animais ou à Natureza que apenas o ser mais evoluído espiritualmente consagra na forma devida.

A gentileza tem um pouco de renúncia e muito a ver com a generosidade, e esta é irmã da caridade, por isso que quanto mais elevada a pessoa, mais gentil ela é. Aliás, segundo Joana, o culto à gentileza é uma preparação para a transferência às Colônias Espirituais, onde teremos residência e onde o respeito e a cordialidade preponderam nos círculos de Espíritos mais conscientes ("Celeiro de Bençãos", cap.53).

Por isso, o Espírito Meimei diz que "o primeiro degrau do Paraíso chama-se gentileza" .

Virtude que pertence à família do AMOR, é também a chave que abre as portas do sucesso, porque não há coração mais empedernido que a gentileza não consiga desarmar, nem situação mais desfavorável que não consiga reverter. Por isso dizer-se que a pessoa gentil usa da inteligência, por isso que é mais bem sucedida, sempre, ainda que não deva usar a gentileza com essa intenção oculta.

A pessoa gentil tem paciência no ouvir as pessoas, mesmo aquelas cuja conversa parece não trazer nada de útil. Segundo Chico Xavier, às vezes é preciso peneirar muito cascalho para se obter uma grama de ouro. Mas em toda conversa sempre há alguma coisa que se aproveite...

Por isso, o sinal de inteligência: a pessoa que ouve, aumenta o número dos seus conhecimentos. Só por aí já se vê quanto ganho temos por ouvir mais...

Engana-se quem pensa que a gentileza é própria da mulher. Os espíritos precisam progredir em tudo e por isso a afabilidade e a gentileza têm vez em qualquer pessoa e em qualquer lugar, demonstrando o longo caminho já percorrido pelo Espírito.

Um exemplo grandioso de gentileza vemos em Chico Xavier. Ele, com sua infinita paciência e humildade, sempre atendendo a todos, sem jamais demonstrar contrariedade ou cansaço, é o apóstolo da caridade. Sufocando a dor de angina, que às vezes se torna insuportável, Chico já passou dos 90 janeiros, sempre com uma palavra gentil e consoladora, para balsamizar os corações doridos que o procuram.

E quando a pessoa adquire o hábito da gentileza, esse proceder se torna uma segunda natureza. Ela assim age porque se sente bem. Não o faz para se sentir virtuosa ou para que os outros a admirem, até porque `a virtude desconhece a si mesma' e, segundo o Padre Vieira, "o prêmio das boas ações é praticá-las".

A pessoa gentil só tem um "defeito": é difícil a gente se aproximar dela, porque está sempre rodeada de muitas pessoas, que procuram se beneficiar desse seu halo de grandiosidade e nobreza.

Ainda que você não acredite em tudo o que pode a gentileza, ainda que ache que tudo isso é exagero, se você for gentil, estará se presenteando a si mesmo, porque tornará sua vida bem mais prazeirosa. E viver de bem com a gente mesmo já é um grande passo para viver de bem com toda a Humanidade.




(Jornal Mundo Espírita de Novembro de 2000)
Noeval de Quadros

Por quê os médicos hoje acreditam que a fé cura?




Com o título acima a Revista Seleções de agosto de 2001 publicou matéria com base em pesquisas médicas, da qual extraímos o seguinte tópico:

O CÉU PODE ESPERAR

Centenas de estudos e pesquisas documentam a ligação entre fé e saúde. Entre os efeitos positivos da devoção figuram:

Vida mais longa. Uma pesquisa realizada nos Estados Unidos com 21 mil pessoas, entre 1987 e 1995, constatou uma diferença de sete anos na expectativa de vida entre aquelas que nunca freqüentam cultos religiosos e as que os freqüentam mais de uma vez por semana.

Bem-estar geral. Em uma pesquisa co-dirigida pelo epidemiologista Jeff Levin, autor de God, faith, and health (Deus, fé e saúde), idosos que se consideravam religiosos tiveram menos problemas de saúde do que os não religiosos.

Melhor recuperação. Pacientes confortados pela fé apresentaram probabilidades três vezes maior de sobrevivência após cirurgias cardíacas abertas, segundo estudo de 1995 da Faculdade de Medicina de Dartmouth.

Batimentos mais firmes. Em um estudo feito na Índia, em 1997, os participantes, em sua maioria hindus, que rezavam regularmente tinham 70% menos chance de sofrer de doença coronariana.

Pressão mais baixa. Em um estudo de 1989 realizado com 400 homens, pesquisadores da Duke University observaram um significativo efeito protetor contra a pressão alta entre aqueles que consideravam a religião muito importante e freqüentavam a igreja.

Boa saúde mental. Freqüentar locais de devoção tem relação com taxas menores de depressão e ansiedade, segundo uma pesquisa de 1999 da Duke University, que incluiu quase 4 mil idosos.

Menos estresse. Pessoas sob estresse apresentam aumento da pressão arterial e das freqüências cardíaca e respiratória, reduzindo a imunidade, segundo o Dr. Herbert Benson, de Harvard, autor de A resposta do relaxamento. Ele constatou, em várias pesquisas, que tanto a meditação como a oração, o tai chi chuan e a ioga provocam uma reação oposta ao estresse.



(Jornal Mundo Espírita de Agosto de 2001)
Elena Serocki

Pássaro encantado



Era uma vez uma menina que tinha um pássaro como seu melhor amigo.


Ele era um pássaro diferente de todos os demais: Era encantado.


Os pássaros comuns, se a porta da gaiola estiver aberta, vão embora para nunca mais voltar.


Mas o pássaro da menina voava livre e vinha quando sentia saudades...


Suas penas também eram diferentes. Mudavam de cor.


Eram sempre pintadas pelas cores dos lugares estranhos e longínquos por onde voava.


Certa vez, voltou totalmente branco, cauda enorme de plumas fofas como o algodão.


Menina, eu venho de montanhas frias e cobertas de neve, tudo maravilhosamente branco e puro, brilhando sob a luz da lua, nada se ouvindo a não ser o barulho do vento que faz estalar o gelo que cobre os galhos das árvores. Trouxe, nas minhas penas, um pouco de encanto que eu vi, como presente para você....


E assim ele começava a cantar as canções e as estórias daquele mundo que a menina nunca vira.


Até que ela adormecia, e sonhava que voava nas asas do pássaro.


Outra vez voltou vermelho como fogo, penacho dourado na cabeça.


... Venho de uma terra queimada pela seca, terra quente e sem água, onde os grandes, os pequenos e os bichos sofrem a tristeza do sol que não se apaga.


Minhas penas ficaram como aquele sol e eu trago canções tristes daqueles que gostariam de ouvir o barulho das cachoeiras e ver a beleza dos campos verdes.


E de novo começavam as estórias.


A menina amava aquele pássaro e podia ouvi-lo sem parar, dia após dia.


E o pássaro amava a menina, e por isso voltava sempre.


Mas chegava sempre uma hora de tristeza.


Tenho que ir, ele dizia.


Por favor não vá, fico tão triste, terei saudades e vou chorar.....


Eu também terei saudades, dizia o pássaro. Eu também vou chorar.


Mas eu vou lhe contar um segredo: As plantas precisam da água, nós precisamos do ar, os peixes precisam dos rios...


E o meu encanto precisa da saudade. É aquela tristeza, na espera da volta, que faz com que minhas penas fiquem bonitas.


Se eu não for, não haverá saudades.


Eu deixarei de ser um pássaro encantado e você deixará de me amar.


Assim ele partiu. A menina sozinha, chorava de tristeza à noite.


Imaginando se o pássaro voltaria. E foi numa destas noites que ela teve uma idéia malvada.


Se eu o prender numa gaiola, ele nunca mais partirá; será meu para sempre.


Nunca mais terei saudades, e ficarei feliz.


Com estes pensamentos comprou uma linda gaiola, própria para um pássaro que se ama muito. E ficou à espera.


Finalmente ele chegou, maravilhoso, com suas novas cores, com estórias diferentes para contar.


Cansado da viagem, adormeceu.


Foi então que a menina, cuidadosamente, para que ele não acordasse, o prendeu na gaiola para que ele nunca mais a abandonasse. E adormeceu feliz.


Foi acordar de madrugada, com um gemido triste do pássaro.


Ah! Menina... Que é que você fez? Quebrou-se o encanto. Minhas penas ficarão feias e eu me esquecerei das estórias....


Sem a saudade, o amor irá embora...


A menina não acreditou. Pensou que ele acabaria por se acostumar.


Mas isto não aconteceu. O tempo ia passando, e o pássaro ia ficando diferente.


Caíram suas plumas, os vermelhos, os verdes e os azuis das penas transformaram-se num cinzento triste.


E veio o silêncio, deixou de cantar.


Também a menina se entristeceu. Não, aquele não era o pássaro que ela amava.


E de noite ela chorava pensando naquilo que havia feito ao seu amigo...


Até que não mais agüentou.


Abriu a porta da gaiola.


Pode ir, pássaro, volte quando quiser...


Obrigado, menina. É, eu tenho que partir. É preciso partir para que a saudade chegue e eu tenha vontade de voltar. Longe, na saudade, muitas coisas boas começam a crescer dentro da gente.


Sempre que você ficar com saudades, eu ficarei mais bonito.


Sempre que eu ficar com saudades, você ficará mais bonita. E você se enfeitará para me esperar...


E partiu. Voou que voou para lugares distantes. A menina contava os dias, e cada dia que passava a saudade crescia.


Que bom, pensava ela, meu pássaro está ficando encantado de novo...


E ela ia ao guarda-roupa, escolher os vestidos; e penteava seus cabelos, colocava flores nos vasos...


Nunca se sabe. Pode ser que ele volte hoje...


Sem que ela percebesse, o mundo inteiro foi ficando encantado como o pássaro.


Porque em algum lugar ele deveria estar voando. De algum lugar ele haveria de voltar.


AH! Mundo maravilhoso que guarda em algum lugar secreto o pássaro encantado que se ama...


E foi assim que ela, cada noite ia para a cama, triste de saudade, mas feliz com o pensamento.


Quem sabe ele voltará amanhã....


E assim dormia e sonhava com a alegria do reencontro.






Rubens Alves

Caridade do pensamento




Sabemos todos que o pensamento é onda de vida criadora, emitindo forças e atraindo-as, segundo a natureza que lhe é própria.
Fácil entender, à vista disso, que nos movemos todos num oceano de energia mental.


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Cada um de nós é um centro de princípios atuantes ou de irradiações que liberamos, consciente ou inconscientemente.


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Sem dúvida, a palavra é o veículo natural que nos exprime as idéias e as intenções que nos caracterizem, mas o pensamento, em si, conquanto a força mental seja neutra qual ocorre à eletricidade, é o instrumento genuíno das vibrações benéficas ou negativas que lançamos de nós, sem a apreciação imediata dos outros.


Meditemos nisso, afastemos do campo íntimo qualquer expressão de ressentimento, mágoa, queixa ou ciúme, modalidades do ódio, sempre suscetível de carrear a destruição.


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Se tens fé em Deus, já sabes que o amor é a presença da luz que dissolve as trevas.


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Cultivemos a caridade do pensamento.


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Dá o que possas, em auxílio aos outros, no entanto, envolve de simpatia e compreensão tudo aquilo que dês.


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No exercício da compaixão, que é a beneficência da alma, revisa o que sentes, o que desejas, o que acreditas e o que falas, efetuando a triagem dos propósitos mais ocultos que te inspirem, a fim de que se traduzam em bondade e entendimento, porque mais dia menos dia, as nossas manifestações mais íntimas se evidenciam ou se revelam, inelutavelmente, de vez que tudo aquilo que colocarmos, no oceano da vida, para nós voltará.


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Francisco Cândido Xavier. Da obra: Paciência.
Ditado pelo Espírito Emmanuel.