Orson Peter Carrara
O pensamento é poder criador de grande intensidade. É ele que gera nossas palavras e nossas ações; com ele construímos o edifício grandioso ou miserável de nossa vida. Ele é igualmente a causa inicial de nossa elevação ou rebaixamento moral. Também é ele que prepara as grandes descobertas científicas, as maravilhas da arte, como igualmente as misérias e vergonhas da humanidade. Ele, o pensamento, funde ou destrói instituições, pessoas, impérios ou consciências.
Na verdade, somos o que pensamos ser, determinado pela força, vontade e persistência que imprimimos no pensamento. O ruim é que não temos constância naquilo que pensamos, pois passamos constante de um assunto para outro, sem fixar-nos com a seriedade que se espera num assunto que nos interessa. Raramente, por outro lado, pensamos por nós mesmos, mas refletimos e nos deixamos dominar pelos milhares de pensamentos alheios que nos rodeiam, pois pouquíssimas pessoas sabem viver dos próprios pensamentos, deixando-se conduzir por pensamentos alheios.
Porém, há que se considerar que o controle dos pensamentos (sejam nossos ou sugeridos) arrasta o controle dos atos. Ele é, pois, o diretor de nossa conduta. A mente é o espelho da vida em toda parte, pois o pensamento cria a vida que procuramos, através do reflexo de nós mesmos.
O Dr. Augusto Cury (psiquiatra, psicoterapeuta, cientista e escritor, com livros publicados em 40 países) apresenta em seu fabuloso livro Seja líder de si mesmo, uma afirmação que nos parece muito útil para o tema que estamos analisando. Diz ele: Se você deseja ser apaixonado pela vida, faça-lhe um grande favor: não seja mais tímido e passivo diante dos seus próprios ataques de raiva, irritabilidade, dos pensamentos negativos. Peça desculpas se errou. Não brigue com os outros, não os culpe, não discuta. Nossa luta é interior e silenciosa.
E é exatamente nesta luta interior e silenciosa que está o “x” da questão. É esta luta interior que solicita a alteração dos pensamentos. Alteração que exige persistência, coragem, determinação.
Por isso é que o conhecido Dr. Dráuzio Varella, em texto que circulou pela Internet, recomenda que Se não quiser adoecer, há que se tomar algumas decisões importantes. Entre elas, destaco as quatro que mais nos interessa no assunto: a) Tome decisão – pessoa indecisa permanece na angústia; b) Busque soluções – pessoas negativas não enxergam soluções; c) Confie – sem confiança, não há relacionamento durável; d) Não viva sempre triste – a alegria recupera a saúde.
Portanto, para a serenidade que todos buscamos; para a harmonia interior que tanto almejamos; para a superação de conflitos; para o exercício do amor e especialmente para a conquista de patamares aprimorados de equilíbrio e saúde, comecemos desde já a pensar melhor. Alteremos o rumo dos pensamentos: da intolerância para a compreensão; da inveja para a solidariedade; do medo para a decisão; do egoísmo para o amor. E viveremos melhores.