sexta-feira, 14 de outubro de 2011
A teoria, na prática
A vida nos ensina, e muito. É apenas uma questão de observação pura e simples.
Não sou partidário de muitos ditos populares, mas, no que concerne à existência, não há como contestar este: "A maior escola do mundo é a própria vida".
Isso faz lembrar uma peça teatral que ficou por muitos anos em cartaz, circulando por vários estados brasileiros e que tinha exatamente este título: "A teoria, na prática, é diferente".
De fato, tanto os bancos escolares não retratam a vida, na sua prática, como a teoria, na sua aplicação, não tem muito a ver. Pode parecer estranho, num primeiro momento, mas, na verdade, não é nos bancos escolares que cada um vai aprender os ensinamentos que a vida e somente a vida oferece. E, por outro lado, tudo o que se aprende na teoria, e diga-se aqui nos bancos de qualquer nível escolar, há que se ter muita cautela para colocá-la em prática.
E de conformidade com esse mesmo campo visual, onde todos nos encontramos, chegamos à triste conclusão de que projetar, idealizar ou pregar é infinitamente mais cômodo e fácil que construir, materializar ou agir. Claro e evidente que isso vale também e especialmente para nós, e não só para os outros, em relação à nossa ótica.
Quantos companheiros do caminho não dedicam seu precioso e divino tempo na orientação e pregação do Evangelho aos outros?
Quantos seguidores do Cristo, na teoria, não estão distantes do exercício prático de seus exemplos, agindo espontaneamente com amor, dedicação, respeito?...
Quantos de nós não se apresentam com exuberante verniz superficial, mascarando a realidade e transparecendo o que não são?
Numa representação, quando se está simbolicamente participando de encenação, num palco ou fora dele, qualquer empenho na dramaticidade do papel será altamente louvado, mas esse nosso envolvimento com a vida terrena é verdadeiro e se reveste de digna oportunidade de redenção, coisa que pouca gente sabe.
Leopoldo Fróis, a glória do teatro brasileiro, em uma de suas mensagens a Chico Xavier, assim se manifestou: "Eis-me pois, amigo, nestas páginas, que estimularão entre as pessoas sensatas a certeza da sobrevivência da Alma. Não tenho qualquer mensagem valiosa a enviar-lhe. Digo-lhe apenas, usando a experiência pessoal que o tempo hoje me confere, que esse mundo é, realmente, um grande teatro.
Represente o seu papel com serenidade e firmeza, e, decerto, você receberá tarefa mais importante no ato seguinte".
O símbolo maior do Cristianismo, irradiado na figura de Jesus, não deixou passar despercebido o fato de que as pessoas, e já naquele tempo, procuravam mostrar na aparência o que de fato não eram. Em Mateus, 23: 28: "Assim também vós exteriormente pareceis justos aos homens, mas por dentro estais cheios de hipocrisia e de iniqüidade".
Contudo, esse quadro visível e muito possível em qualquer setor da vida, pode, a qualquer momento, sofrer alteração em seu percurso.
Como todo procedimento, essa medida, também, depende exclusivamente de nós, de nosso livre-arbítrio.
É somente uma questão de fazer ou deixar de fazer. Por que não hoje?
Vladimir Polízio
Extinção do Mal
Na didática de Deus, o mal não é recebido com a ênfase que caracteriza muita gente na Terra, quando se propõe a combatê-lo.
Por isso, a condenação não entra em linha de conta nas manifestações da Misericórdia Divina.
Nada de anátemas, gritos, baldões ou pragas.
A Lei de Deus determina, em qualquer parte, seja o mal destruído não pela violência, mas pela força pacífica e edificante do bem.
A propósito, meditemos.
O Senhor corrige:
a ignorância: com a instrução;
o ódio: com o amor;
a necessidade: com o socorro;
o desequilíbrio: com o reajuste;
a ferida: com o bálsamo;
a dor: com o sedativo;
a doença: com o remédio;
a sombra: com a luz;
a fome: com o alimento;
o fogo: com a água;
a ofensa: com o perdão;
o desânimo: com a esperança;
a maldição: com a benção.
Somente nós, as criaturas humanas, por vezes, acreditamos que um
golpe seja capaz de sanar outro golpe.
Simples ilusão.
O mal não suprime o mal.
Em razão disso, Jesus nos recomenda amar os inimigos e nos adverte de que a única energia suscetível de remover o mal e extingui-lo é e será sempre a força suprema do bem.
Francisco Cândido Xavier; Baccelli, Carlos A.. Da obra: Brilhe Vossa Luz. Ditado pelo Espírito Bezerra de Menezes
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