sábado, 19 de fevereiro de 2011






Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver

Apesar de todos os desafios,

Incompreensões e períodos de crise.

Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas

E se tornar um autor da própria história.

É atravessar desertos fora de si,

Mas ser capaz de encontrar um oásis

No recôndito da sua alma.



É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.

Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.

É saber falar de si mesmo.

É ter coragem para ouvir um “não”.

É ter segurança para receber uma crítica,

Mesmo que injusta.



Pedras no caminho?

Guardo todas, um dia vou

Construir um castelo ...


Um mal chamado impiedade




Não seremos felizes sem mútua benevolência
Um trecho de O Evangelho Segundo o Espiritismo chama a atenção, entre tantos outros, é óbvio. Transcrevo o final do trecho, que está identificado no final da própria transcrição parcial: “(...) Jesus Cristo é o vencedor do mal, sede os vencedores da impiedade”. – O Espírito da Verdade, Paris 1860 – em O Evang. Seg. o Espiritismo (capítulo VI, item 5), na edição IDE, com tradução de Salvador Gentille.

Ora, segundo o dicionário, impiedade quer dizer crueldade, desumanidade, ausência de misericórdia. E o mais interessante é que o autor do convite dirige-se aos espíritas, especificamente, como se pode apreender do parágrafo em questão.

É que ainda somos um tanto cruéis com os equívocos, tombos, desacertos e dificuldades de nossos irmãos de ideal. Se alguém erra, por qualquer motivo, somos apressados na crítica, no julgamento precipitado e nem consideramos as décadas de acertos ou contingente de esforços daquele irmão que tanto lutou para, agora, num momento difícil, equivocar-se. Basta fazer um retrospecto de memória: quantas vezes deixamos de usar misericórdia diante dos equívocos alheios?

E o mais curioso: muitas vezes somos impiedosos conosco mesmo. Erramos com conhecimento de causa, reconhecemos o erro e entramos num processo de culpa de largas proporções. Ora, tanto num como noutro caso, é preciso o esforço da indulgência, da benevolência, do perdão, para que alcancemos o estágio de equilíbrio diante das situações conflitantes. Isto nos remete a outro trecho da mesma obra acima referida:

“(...) O mal-estar se torna geral. A quem responsabilizar, senão a vós mesmos, que procurais sem cessar destruir-vos uns aos outros? Não podeis ser felizes sem a mútua benevolência. E como a benevolência pode coexistir com o orgulho? O orgulho! Está aí a fonte de todos os vossos males. (...) Por que tendes em tão grande estima o que brilha e encanta os olhos em detrimento do que toca o coração? (...) Quando a consideração que se concede às pessoas é medida pelo peso do ouro que elas possuem , ou pelo nome que trazem, que interesse podem ter estas pessoas em se corrigirem de seus defeitos? (...). O trecho é de Adolfo, Bispo de Alger – Marmande, 1862 – e está em O Evangelho Segundo o Espiritismo (capítulo VII, item 12).

O trecho nos traz a palavra benevolência, que significa: disposição bondosa de promover a felicidade do outro, por generosidade. E apresenta um detalhe extraordinário: Não podeis ser felizes, sem a mútua benevolência! (que destacamos).

Eis o exercício que nos cabe prioritariamente nos dias atuais. Nós que dizemos amar, que lutamos pela expansão do pensamento espírita, estamos esquecidos do dever principal, entre nós mesmos. Por quê? Que direito detemos de julgar, interferir, impor? Que autoridade possuímos? Somos todos aprendizes, novatos e inexperientes.

Estas reflexões surgiram com o trecho colhido na Revista Espírita de março de 1867 (Edicel, tradução de Júlio Abreu Filho). Diz o texto assinado por Um Espírito e intitulado Solidariedade, em transcrição parcial: “(...) O homem não é um ser isolado, é um ser coletivo. O homem é solidário do homem. É em vão que procura o complemento do seu ser, isto é, a felicidade em si mesmo ou no que o rodeia isoladamente; não pode encontrá-lo senão no homem ou na humanidade. Então nada fazeis para ser pessoalmente feliz, tanto que a infelicidade de um membro da humanidade, de uma parte de vós mesmo, poderá vos afligir. (...)” E, mais adiante, essa conclusão notável: “(...) O Espiritismo bem compreendido é para a vida o que o trabalho material é para a vida do corpo. Ocupai-vos dele com este objetivo e ficai certos de que quando tiverdes feito, para o vosso melhoramento moral, a metade do que fazeis para melhorar a vossa existência material, tereis feito a humanidade dar um grande passo”.

Ora, as últimas linhas do trecho transcrito trazem a chave da questão: o aprimoramento moral redunda no respeito ao próximo que, por sua vez, traz a essência dos ensinos dos Evangelhos e elimina a crueldade, a indiferença, a impiedade, enfim, que tantos danos têm causado à tranqüilidade e progresso humanos.


Orson Peter Carrara
Matéria originariamente publicada no jornal O Clarim, edição de fevereiro de 2005.

Crianças e o Futuro



A criança, hoje, - abençoado solo arroteado que aguarda a semente da fertilidade e da vida - necessariamente atendida pela caridade libertadora do Evangelho de Jesus, nas bases em que Allan Kardec o atualizou, é o celeiro fecundo, que se abarrota de esperanças para o futuro.

Criança que se evangeliza - adulto que se levanta no rumo da felicidade porvindoura.

Todo investimento de amor, no campo da educação espírita, tendo em vista a alma em trânsito pela infância corporal, é valiosa semeação de luz que se multiplicará em resultados de mil por um...

Ninguém pode empreender tarefas nobilitantes, tendo as vistas voltadas para a Era Melhor da Humanidade, sem um vigoroso empenho na educação espírita do pequenino da atualidade.

Embora ele seja um espírito em recomeço de tarefas, reeducando-se, não raro, sob os impositivos da dor em processo de carinhosa lapidação, é oportunidade ditosa, que surge como desafio para o momento e promessa de paz para o futuro.

Isto, porque sabemos que a infância é ensejo superior de aprendizagem e fixação, cabendo-nos o mister relevante de proteger, amparar e sobretudo de conduzir as gerações novas no rumo do Cristo.

Esse-cometimento-desafio é-nos grave empresa, por estarmos conscientizados de que o corpo é concessão temporária e a jornada física um corredor por onde se transita, entrando-se pela porta do berço e saindo-se pela do túmulo, na direção da Vida Verdadeira.

A criança, à luz da Psicologia atual, não é mais o "adulto em miniatura", nem a vida orgânica representa mais a realidade única, face às descobertas das modernas ciências da alma.

Ao Espiritismo, que antecipou as conquistas do conhecimento, graças à revelação do Imortais, compete ao superior ministério de preparar o futuro ditoso da Terra, evangelizando a infância e juventude do presente.

Em tal esforço, apliquemos os contributos da mente e do sentimento, evocando o Senhor quando solicitou que deixassem ir a Ele as criancinhas, a fim de nelas plasmar, desde então, mais facilmente e com segurança, o "reino de Deus" que viera instaurar na Terra.


Livro: Compromissos Iluminativos - Psicografia de Divaldo Pereira Franco. Autor: Bezerra de Menezes