quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Felicidade



Qual é o objetivo de cada indivíduo na Terra? Ele quer a felicidade a qualquer preço que seja.

É o que faz com que todos nós sigamos um caminho diferente? É que cada um de nós espera encontrá-la num lugar ou numa coisa que lhe agrade particularmente: uns procuram a glória, outros as riquezas, outros as honras; o maior número corre atrás da fortuna, porque, em nossos dias, é o meio mais poderoso para chegar a tudo; ele serve de pedestal para tudo.

Mas quantos vêem essa necessidade de felicidade realizada? Bem poucos; e perguntai a cada um daqueles que chegam se atingiram o objetivo a que se tinham proposto: se são felizes?

Todos respondem: ainda não; porque todos os desejos aumentam na razão que sejam satisfeitos. Se hoje há tantas pessoas que querem se interessar pelo Espiritismo, é que depois de ver que tudo é quimera, e querendo pelo menos chegar, tentam o Espiritismo como tentaram a riqueza e a glória.

Se Deus colocou nos corações esta necessidade tão grande de felicidade, é que esta deve existir em alguma parte. Sim, tende confiança nele, mas sabei que tudo o que Deus promete deve ser divino como ele, e que a felicidade que procurais não pode ser material.

Vinde a nós, vós todos que sofreis; vinde a nós, todos vós que tendes necessidade de esperança, porque quando tudo na Terra vos faltar, enfraquecer, nós aqui, teremos mais do que as vossas necessidades pedirem. Mães desesperadas, que vos lamentais sobre uma tumba, vinde aqui: O anjo que chorais vos falará, vos protegerá, vos inspirará a resignação para as penas que tendes sofrido na Terra. Todos vós que tendes a necessidade insaciável da
ciência, dirigi-vos a nós, só nós podemos dar ao vosso Espírito o alimento de que ele necessita. Vinde, saberemos encontrar para cada ferida uma doçura, e por desamparados que vos pareçam, há Espíritos que vos amam e que estão prontos para vo-lo provar. Eu falo em nome de todos. Desejo ver virem nos pedir conselhos, porque estou segura que vós, com isto, tereis a esperança no coração.


STAEL.
Revista Espírita, 1860.