“Descer
para ajudar é a arte divina de quantos alcançaram
conscienciosamente a vida mais alta.” (Emmanuel, no livro “Fonte
Viva”, item 72, psicografia de Francisco Cândido Xavier.)
Dentro
do contexto social em que vivemos, a tarefa da educação requer
muita paciência, determinação e persistência, pois que não se
obtêm os resultados desejados de forma imediata.
Orientar
o povo ensinando-o a pensar, escolher caminhos e agir dentro dos
padrões da decência, dignidade e excelsitude, requer, de quem já
identificou os reais valores da vida, um esforço enorme e
perseverante, uma vez que não é nada fácil promover mudanças,
principalmente em se tratando da formação de caráter.
Em
assim sendo, é de notar a dificuldade em encontrarmos criaturas
prontas para tal mister. Primeiro porque quem educa precisa ser
educado; segundo, nem todos os que estão preparados se arriscam a
descer de suas posições para estender as mãos aos que seguem na
retaguarda.
Ajudar
os necessitados de toda ordem é, sem sombra de dúvida, a arte da
fraternidade, prescrita por Jesus dentro do ensinamento: “amai-vos
uns aos outros”, e, em realidade, poucos se atrevem a executá-la.
No
entanto, mesmo ainda carentes de uma estrutura maior e mais
consistente, podemos, de nossa parte, oferecer algo em favor daqueles
que caminham junto de nós, pois sempre estaremos abaixo dos que
sabem mais, mas acima de quem sabe menos. E, obviamente, esses
últimos terão algo a aprender conosco.
Perante
as crianças que a vida colocou ao nosso lado, demonstremos a elas
exemplos de trabalho, ânimo e coragem diante dos acontecimentos
cotidianos, para que identifiquem a necessidade da perseverança e da
determinação, em todos os momentos da existência.
Ao
lado dos adultos, com atos e ações, informemos otimismo e alegria,
honradez e honestidade, e eles entenderão a necessidade de seguir
seus dias pautados em atitudes semelhantes.
No
lar, ministremos lições de respeito e consideração, amor e
compreensão, pois a tarefa de conviver com pessoas, mesmo no
contexto de uma família, não é das mais tranquilas, pois muitas
vezes a renúncia e a resignação precisam temperar os nossos gestos
e comportamentos, para que consigamos manter o equilíbrio do grupo
todo.
Na
rua, no lazer ou no ambiente de trabalho profissional, a compreensão
e a tolerância não podem estar distantes de nós, isso porque
situações existem que somente uma grande dose de calma e serenidade
será capaz de informar que somos criaturas ajustadas e prontas para
a vida social.
Dessa
forma, nunca podemos olvidar que educar é a arte de dar bons
exemplos, que marcam mais do que eloquentes e inflamados discursos.
As palavras informam, orientam, ensinam, mas os exemplos apresentados
convencem mais rapidamente.
Portanto,
se já conseguimos nos enquadrar no contexto daqueles que podem algo
ensinar, em favor do progresso da humanidade, não percamos tempo e
saiamos a ofertar o que temos de bom. Descer para ajudar os que
seguem à retaguarda é, incontestavelmente, gesto de quem já
vislumbrou sua real finalidade na vida: a de servir
incondicionalmente.
E
em momento nenhum nos façamos superiores diante dos inferiores, nem
fortes diante dos fracos. Usemos a humildade e o amor, e nossos atos
se cobrirão de um magnetismo irresistível, envolvendo de forma
salutar aquele a quem desejamos servir.
Waldenir Aparecido Cuin