quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Vocabulário espírita para os netos



ADEUS: É quando o coração que parte deixa a metade com quem fica.


AMIGO: É alguém que fica para ajudar quando todo mundo se afasta.


AMOR AO PRÓXIMO: É quando o estranho passa a ser o amigo que ainda não abraçamos.


CARIDADE: É quando a gente está com fome, só tem uma bolacha e divide.


CARINHO: É quando a gente não encontra nenhuma palavra para expressar o que sente e fala com as mãos, colocando o afago em cada dedo.


CIÚME: É quando o coração fica apertado porque não confia em si mesmo.


CORDIALIDADE: É quando amamos muito uma pessoa e tratamos todo mundo da maneira que a tratamos.


DOUTRINAÇÃO: É quando a gente conversa com o Espírito colocando o coração em cada palavra.


ENTENDIMENTO: É quando uma velhinha caminha devagar na nossa frente e a gente, estando apressado, não reclama.


EVANGELHO: É quando a gente está lá na frente e sente vontade de buscar quem ficou para trás.


FÉ: É quando a gente diz que vai escalar um Everest e o coração já o considera feito.


FILHOS: É quando Deus coloca uma jóia em nossa mão e recomenda cuidá-la.


FOME: É quando o estômago manda um pedido para a boca e ela silencia.


INIMIZADE: É quando a gente empurra a linha do afeto para bem longe.


INVEJA: É quando a gente ainda não descobriu que pode ser mais e melhor do que o outro.


LÁGRIMA: É quando o coração pede aos olhos que falem por ele.


LEALDADE: É quando a gente prefere morrer que trair a quem ama.


MÁGOA: É um espinho que a gente coloca no coração e se esquece de retirar.


MALDADE: É quando arrancamos as asas do anjo que deveríamos ser.


MEDIUNIDADE COM JESUS: É quando a gente serve de instrumento em uma comunicação mediúnica e a música tocada parece um noturno de Chopin.


MORTE: Quer dizer viajar, transferência ou qualquer outra coisa com cheiro de eternidade.


NETOS: É quando Deus tem pena dos avós e manda anjos para alegrá-los.


OBSESSOR: É quando o Espírito adoece, manda embora a compaixão e convida a vingança para morar com ele.


ÓDIO: É quando plantamos trigo o ano todo e, estando os pendões maduros, a gente queima tudo em um mesmo dia.


ORGULHO: É quando a gente é uma formiga e quer convencer os outros de que é um elefante.


PAZ: É o prêmio de quem cumpre honestamente o dever.


PERDÃO: É uma alegria que a gente se dá e pensa que jamais a teria.


PERFUME: É quando, mesmo de olhos fechados, a gente reconhece quem nos faz feliz.


PESSIMISMO: É quando a gente perde a capacidade de ver em cores.


PREGUIÇA: É quando entra “vírus” na coragem e ela adoece.


RAIVA: É quando colocamos uma muralha no caminho da paz.


REENCARNAÇÃO: É quando a gente volta para o corpo, esquecido do que fez, para se lembrar do que ainda não fez.


SAUDADE: É estando longe, sentir vontade de voar, e estando perto, querer parar o tempo.


SEXO: É quando a gente ama tanto que tem vontade de morar dentro do outro.


SIMPLICIDADE: É o comportamento de quem começa a ser sábio.


SINCERIDADE: É quando nos expressamos como se o outro estivesse do outro lado do espelho.


SOLIDÃO: É quando estamos cercados por pessoas, mas o coração não vê ninguém por perto.


SUPÉRFLUO: É quando a nossa sede precisa de um gole de água e a gente pede um rio inteiro.


TERNURA: É quando alguém nos olha e os olhos brilham como duas estrelas.


VAIDADE: É quando a gente abdica da nossa essência, geralmente por outra pior.




Do livro: O Homem que Veio da Sombra
Luiz Gonzaga Pinheiro

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