domingo, 8 de maio de 2011
Retrato de mãe
Uma simples mulher existe que, pela imensidão de seu amor, tem um pouco de Deus;
e pela constância de sua dedicação, tem muito de anjo; que, sendo moça pensa como uma anciã e, sendo velha , age com as forças todas da juventude;
quando ignorante, melhor que qualquer sábio desvenda os segredos da vida e, quando sábia, assume a simplicidade das crianças;
pobre, sabe enriquecer-se com a felicidade dos que ama, e, rica,
empobrecer-se para que seu coração não sangre ferido pelos ingratos;
forte, entretanto estremece ao choro de uma criancinha, e, fraca, entretanto se alteia com a bravura dos leões;
viva, não lhe sabemos dar valor porque à sua sombra todas as dores
se apagam, e, morta, tudo o que somos e tudo o que temos daríamos para vê-la de novo, e dela receber um aperto de seus braços, uma palavra de seus lábios.
Não exijam de mim que diga o nome desta mulher se não quiserem que ensope de lágrimas este álbum: porque eu a vi passar no meu caminho.
Quando crescerem seus filhos, leiam para eles esta página: eles lhes cobrirão de beijos a fronte; e dirão que um pobre viandante, em troca da suntuosa hospedagem recebida, aqui deixou para todos o retrato de sua própria Mãe.
Don Ramon Angel Lara
quinta-feira, 5 de maio de 2011
História do tsuru
O tsuru feito de papel se tornou símbolo de paz recentemente, como resultado da história de uma jovem japonesa chamada Sadako Sasaki. Sadako nasceu em 1943. Tinha 2 anos quando a bomba atômica foi lançada em Hiroshima - Japão, em 6 de Agosto de 1945. Muitos vizinhos de Sadako morreram, mas Sadako não tinha se ferido. Ela cresceu. Sadako era uma garota forte, corajosa e praticava atletismo. Em 1955, depois de participar de uma grande corrida e fazer seu time vencer, ela se sentiu extremamente cansada e com tonturas. Depois que a tontura passou, Sadako pensou que devia ser apenas consequencia do esforço para corrida. Um dia Sadako voltou a sentir muita tontura e não conseguiu levantar. Foi levada ao hospital e diagnosticada com Leucemia, a "doença da bomba atômica". A melhor amiga de Sadako, Chizuko foi visitá-la no hospital. Levou-lhe papéis de origami e contou-lhe sobre uma velha lenda japonesa, a dos 1000 tsuru. Chizuko explicou que o tsuru é uma sagrada ave japonesa, vive 1000 anos e que se uma pessoa dobrasse 1000 tsuru de papel teria um desejo concedido. Sadako ficou com esperança de que os deuses concedecem-na a cura e então pudesse correr novamente. Assim, Sadako passou a dobrar os tsuru de papel, sua família frequentemente visitava-a no hospital, consersava e ajudava Sadako a dobrar os tsuru. No entanto antes de completar os 1000 ela veio a falecer, no dia 25 de Outubro de 1955, aos 12 anos. O principal dessa história é que ela nunca desistiu. Ela continuou a dobrar os papéis enquanto morria.
Inspirados na sua coragem e força, Seus amigos e colegas de sala montaram um livro com as cartas escritas por ela e publicaram. Dessa maneira, eles começaram o sonho de construir um monumento para Sadako e para todas as crianças que faleceram devido a bomba atômica. Jovens japoneses passaram a arrecadar dinheiro para esse projeto. Em 1958, a estátua de Sadako segurando um tsuru dourado foi construído no Parque da Paz em Hiroshima. As crinças também fizeram um desejo, escreveram na estátua e leram-no: "Esse é o nosso grito. Essa é a nossa oração. Paz no mundo!"
Considerações sobre o egoísmo
"O egoísmo, chaga da Humanidade, tem que desaparecer da Terra, a cujo progresso moral obsta. Ao Espiritismo está reservada a tarefa de fazê-la ascender na hierarquia dos mundos. O egoísmo é, pois, o alvo para o qual todos os verdadeiros crentes devem apontar suas armas, dirigir suas forças, sua coragem. Digo: coragem, porque dela muito mais necessita cada um, para vencer-se a si mesmo, do que vencer os outros. Que cada um, portanto, empregue todos os esforços a combatê-lo em si, certo de que esse monstro devorador de todas as inteligências, esse filho do orgulho, é o causador de todas as misérias do mundo terreno. É a negação da caridade e, por conseguinte, o maior obstáculo à felicidade dos homens"
(trecho extraído do livro "O Evangelho segundo o Espiritismo", 109ª edição, FEB, 1994, página 191).
É importantíssimo, verdadeiro e deveras atual o ensinamento contido no texto acima reproduzido.
Com efeito, o orgulho e, um de seus filhos, o egoísmo continuam sendo as maiores chagas da Humanidade.
É impressionante como somos egoístas e, sobretudo, como agimos com egoísmo, mesmo nas pequenas coisas ou nos acontecimentos triviais do dia-a-dia, como, por exemplo, quando se estaciona o automóvel em largo espaço público, colocando-o no meio sob o pretexto de melhor preservá-lo, sem cogitação de que ali poderia também caber com folga outro veículo, de outra pessoa; também quando, diante de uma fila formada, procura-se o atendimento rápido, na frente dos outros, que antes chegaram, sob o equivocado entendimento de que o nosso tempo é mais importante do que o tempo daqueles que ali se encontram, expressando-se assim, misturados, o orgulho e o egoísmo, que lamentavelmente ainda portamos, em abundância.
E são essas chagas, características do homem-velho que insiste em habitar o corpo que possuímos na presente existência física, que vão nos conduzindo ao terrível engano de querer levar vantagem em tudo, e sempre.
E, assim, a fim de satisfazer à ambição desmedida e à ganância incontrolável, vai-se passando por cima de valores imperecíveis, como a honestidade, a seriedade, a honradez, a ética, a correção de conduta enfim, construindo, por exemplo, edifícios sem condições elementares de solidez, seja porque o material neles empregado é de qualidade inferior à cobrada dos adquirentes das unidades autônomas, seja porque a sua quantidade é inferior à mínima exigida por padrões técnicos de segurança, mas que, assim aplicados, por sua vez, proporcionam maiores lucros.
É o egoísmo também que faz com que o pão de 50 gramas nem sempre tenha o mínimo de 50 gramas, não obstante seja vendido como se esse fosse o peso; é o egoísmo, por igual, que faz com que laboratórios tantas vezes vendam antibióticos em embalagem que contém oito comprimidos, quando se sabe que a tomada mínima diária é de dois comprimidos, durante cinco dias pelo menos, obrigando o usuário a comprar mais de uma caixa, mesmo que tenha que jogar fora a sobra, procedimento que, como é evidente, gera lucros maiores.
Não se tem levado em consideração, nesses casos, as conseqüências que daí decorram, mesmo que provoquem a morte do corpo físico dos outros, que são, a rigor, seus irmãos, uma vez que Deus é o Pai Celestial de todos nós.
São inúmeros os exemplos que estão a demonstrar, de modo inequívoco, a conduta egoísta do ser humano na face da Terra, esse planeta de provas e expiações e, portanto, de categoria inferior no Universo.
É necessário, pois, que cada um de nós possa vencer-se a si mesmo, combatendo e preferencialmente eliminando o egoísmo que insiste em prevalecer em nossos pensamentos e em nossas atitudes, na certeza de que ele é o causador de todas as misérias do mundo terreno, porque é a negação da caridade e, por conseqüência, o maior obstáculo à felicidade dos homens.
Com efeito, cumpre não perder de vista que "Os homens, quando se houverem despojado do egoísmo que os domina, viverão como irmãos, sem se fazerem mal algum, auxiliando-se reciprocamente, impelidos pelo sentimento mútuo da solidariedade. Então, o forte será o amparo e não o opressor do fraco e não mais serão vistos homens a quem falte o indispensável, porque todos praticarão a lei de justiça.", assim como convém não esquecer que "O egoísmo se enfraquecerá à proporção que a vida moral for predominando sobre a vida material" (trechos encontráveis nas respostas dadas às questões números 916 e 917 de "O Livro dos Espíritos", a obra basilar do Espiritismo, 75ª edição, FEB, 1994, página 420).
Sendo assim, empenhemo-nos por substituir, com determinação e vontade, com urgência e enquanto estamos a caminho, o egoísmo pela caridade, que, na inspirada definição do apóstolo Paulo de Tarso, "é o amor em ação"
Antônio Moris Cury
(Jornal Mundo Espírita de Março de 1998)
Ante os adversários
É possível encontres alguns adversários nas melhores realizações a que te entregas.
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Se isso acontece, habitualmente estás diante de uma pessoa desinformada ou doente que te recebe com evidentes demonstrações de desapreço.
E quando esse alguém, não consegue asserenar-te o campo íntimo a certas reações negativas, por vezes, alteia a voz e se faz mais inconveniente nas provocações.
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De qualquer modo, tolera o opositor com paciência e serenidade.
Ouve-lhe as frases ásperas em silêncio e reflete no desgosto ou na enfermidade em que provavelmente se encontre.
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Quando haverá sofrido a criatura, até que se obrigue a trazer o coração simbolicamente transformado num vaso de fel?
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Anota por ti mesmo que todos aqueles que ferem estarão talvez feridos.
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Age à frente dos inimigos de teus ideais ou de teus pontos de vista, com entendimento e tolerância.
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Advertiu-nos o Divino Mestre: - “Ora por aqueles que te perseguem ou caluniam.”
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O Cristo nunca nos exortou ao revide ou à discussão sem proveito.
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Induziu-nos a orar por todos os adversários ou acusadores gratuitos, dando-nos a entender que eles todos já carregam consigo sofrimento bastante, sem que necessitemos agravar-lhes as tribulações. E ainda mesmo que estejam semelhantes companheiros agindo de maneira insincera, saibamos confiá-los ao tempo, de vez que, para que se lhes reajuste os mais íntimos sentimentos, bastar-lhes-á-viver.
Espírito: Emannuel. Médium: Francisco Cândido Xavier Livro:"Convivência"
Espírito: Emannuel. Médium: Francisco Cândido Xavier Livro:"Convivência"
Alma gêmea
Alma Gêmea da Minh’alma,
Flor de luz da minha vida,
Sublime estrela caída
Das belezas da amplidão !...
Quando eu errava no mundo,
Triste e só, no meu caminho,
Chegaste, devagarinho,
E encheste-me o coração :
Vinhas na benção dos deuses,
Na divina claridade,
Tecer-me a felicidade em sorrisos de esplendor !...
És meu tesouro infinito,
Juro-te eterna aliança,
Por que sou tua esperança,
Como és todo o meu amor !!
Alma Gêmea da minhalma,
Se eu te perder, algum dia,
Serei a escura agonia
Da saudade nos seus véus...
Se um dia me abandonares,
Luz terna dos meus amores,
Ei de esperar-te, entre as flores
Da claridade dos céus...
Texto do livro "Há dois Mil Anos" de autoria de Emmanuel e psicografia de Francisco Cândido Xavier
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